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💰 A ressaca da Constellation

+ uma Pepsi gelada para curar

Bom dia Droppers, chegou o verão e com ele a nova temporada de resultados trimestais (earnings). Apertem os cintos que vem turbulência por aí…

Pensei no chuveiro: assistir alguém consumindo uma Corona gelada as 9 da manhã é suspeito. A não ser que seja no aeroporto, aí é totalmente aceitável.

No drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

  • Um giro pelo mercado: dia bom na Ibovespa, quebra de rally na S&P500

  • Constellation Brands: e as consequências de misturar vinho com cerveja

  • Pepsico: perdeu o gás?

Um Giro pelo Mercado

Você piscou e o Ibovespa quase bateu um novo recorde! Será que é hora de atualizar aquela planilha de investimentos?

O que rolou no Brasil? O Ibovespa fechou em leve alta nesta segunda (7). O índice foi sustentado pelos ganhos em commodities, principalmente devido às altas da Vale (VALE3) e da Petrobras (PETR3; PETR4). A Vale avançou 0,88%, impulsionada pelo aumento nos preços do minério de ferro após medidas de estímulo na China. Já a Petrobras se beneficiou da alta do petróleo Brent, que subiu 3,81% para US$ 81,02 o barril; suas ações preferenciais avançaram 1,40% e as ordinárias, 1,69%. Os bancos também contribuíram positivamente: Itaú Unibanco (ITUB4) ganhou 0,66% e Bradesco (BBDC4) subiu 0,93%.

O que rolou lá fora? Nos Estados Unidos, uma onda vendedora nas ações das grandes empresas tech derrubou os mercados. O S&P 500 caiu 1%, interrompendo uma sequência de quatro semanas de alta. Os investidores estão avaliando os riscos dos conflitos no Oriente Médio e taxas de juros nos EUA. Além disso, há expectativa pela temporada de resultados trimestrais. Na China, o pacote para impulsionar a economia veio menor que o esperado.

O que vem por aí: Para amanhã, os investidores estarão atentos ao Oriente Médio, e aos indicadores econômicos que serão divulgados. No Brasil, o foco será na inflação e nas expectativas em torno da política monetária do BC, após o Relatório Focus apontar um aumento na projeção do IPCA para o final de 2024.

A Constellation Brands tá passando por um momento esquisito. Mesmo com resultados que superaram a expectativa dos analistas, o prejuízo líquido superou ainda mais.

Constellation Brands é a maior importadora de cerveja dos EUA e tem a terceira maior participação de mercado entre os fornecedores de cerveja do mundo com 15%.

No seu portfólio de cervejas: Corona, Modelo, Pacifico, Victoria.
No seu portfólio de vinhos: Ruffino, Empathy, Simi, Sea Smoke e outras 15 marcas.
No seu portfólio de destilados: Casa Noble Tequila, Svedka Vodka, Mi Campo, Nelson's Green e High West.

Por um lado, as cervejas premium, como a Modelo Especial e a Pacifico, continuam crescendo. Já as vendas de vinhos e destilados continuam despencando, com uma queda de 12% e um prejuízo gigante de US$ 2,25 bilhões. A Corona Extra, que causava inveja em muita concorrente, também já está dando sinais de desgaste.

Apesar disso, a empresa conseguiu superar as expectativas de lucro, muito por conta de cortes de custos e margens melhores, chegando a US$ 4,32 por ação (ajustados - em valores absolutos foram 6,59 de prejuízo por ação). No geral, a receita ficou abaixo do que o mercado esperava, o que faz questionar o que vem aí: ainda mais com os vinhos em baixa e o mercado de cervejas saturado.

O sucesso das cervejas premium é um alento, mas é arriscado a empresa apostar tanto num só cavalo. A situação dos vinhos e destilados coloca uma pressão enorme sobre o futuro. Investir na Constellation agora parece ser uma aposta pensando no longo prazo, torcendo pra empresa achar um jeito de lidar - ou pelo menos adiar - essa ressaca.

O que as casas de investimentos recomendam: Compra!

Os analistas têm uma classificação de consenso de compra forte para ações STZ nos últimos três meses. A ação, com preço atual de US$ 243,07, tem as recomendações:
Compras: 17
Hold: 2
Venda: 0
Após uma recuperação de 5% no preço de suas ações no ano passado, o preço-alvo médio da STZ de US$ 299,65 por ação implica um potencial de valorização de 23,28%.

O que rolou Brasil adentro?

  • Azul (AZUL4): concluiu uma renegociação de quase US$ 600M em dívidas, eliminando R$ 3bi em obrigações e emitindo até 100M de novas ações preferenciais.

  • BNDES: aprovou R$ 65M para financiar conectividade em favelas e periferias, com a instalação de 181 torres de 4G e 5G, e anunciou R$ 100M para projetos em favelas.

  • Dinheiro 'esquecido': A 10 dias do fim do prazo, R$ 8,6bi ainda podem ser resgatados no sistema de valores esquecidos do Banco Central.

  • Petrobras (PETR4): produziu um recorde de 436 mil barris diários de gasolina no terceiro trimestre, aumento de 2,83% em relação ao mesmo período de 2022.

  • Weg (WEGE3): realizou seu investor day e a XP reiterou recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 54, destacando o foco em mercados externos como motor de crescimento.

A PepsiCo perdeu o gás no terceiro trimestre? Lucros foram acima do esperado, mas a receita abaixo das previsões. Os culpados? Recalls e demanda enfraquecida. A previsão de crescimento para 2024 foi revisada para baixo, esperando um crescimento orgânico modesto.

Os consumidores estão resistindo aos aumentos de preços, o que se reflete na queda da receita líquida e na diminuição dos volumes de alimentos e bebidas em 2%. Setorialmente:
Frito-Lay North America caiu 1,5% no volume, representando 25% da receita total.
Quaker Foods North America recuou 13% devido aos recalls (7% da receita).
A divisão de bebidas na América do Norte caiu 3% (31% da receita).
Com essas informações, a PepsiCo mira um crescimento de 8% no lucro por ação, focando em cortar custos e estimular a demanda.

Para investidores, o cenário exige cautela. Além da queda dos volumes, tendências como a diminuição do consumo de refrigerantes e ultraprocessados são um desafio para o core business da Pepsico. E empresas que mantiveram aumentos de preços estão enfrentando dificuldades, especialmente nos EUA. A esperança é que a iniciativa de se adaptar, cortar custos e inovar no relacionamento com o consumidor tirem a empresa do eterno posto de "Pepsi? Pode ser".

O que as casas de investimentos recomendam: Compra Moderada

Os analistas têm uma classificação de consenso de compra forte para ações PEP nos últimos três meses. A ação, com preço atual de US$ 167,21, tem as recomendações:
Compra: 7
Hold: 9
Venda: 0
Durante o ano passado, o PEP aumentou +6%, e o preço-alvo médio de US$ 184,81 implica um potencial de valorização de 10,5% em relação aos níveis atuais - sujeitos a mudança após os resultados de hoje.

O que rolou mundo afora?

  • Amazon (AMZN): ações caíram 3% após o Wells Fargo rebaixar o rating, citando desafios para as margens de lucro, apesar da força em cloud.

  • China: governo alocou 200 bilhões de yuans (US$ 28 bilhões) para projetos de investimento, abaixo das expectativas dos investidores que esperavam um pacote de estímulos maior.

  • Foxconn: está construindo no México a maior instalação do mundo para montar os superchips GB200 da Nvidia, essenciais para a próxima plataforma de computação Blackwell.

  • FTX: Um juiz de Delaware aprovou o plano de reestruturação da FTX, que prevê distribuir até US$ 16,5 bilhões em ativos a credores, com 98% recebendo 119% de suas reivindicações.

  • Google (GOOGL): Um juiz dos EUA emitiu uma liminar permanente exigindo que o Google ofereça alternativas à Google Play, causando uma queda de mais de 2% nas ações.

  • Samsung: emitiu um pedido de desculpas após prever um lucro operacional de US$ 6,78 bilhões, cerca de US$ 900 milhões abaixo das expectativas dos analistas.

  • Super Micro Computer (SMCI): ações subiram 15,8% após a empresa anunciar o envio de mais de 100.000 unidades de GPUs por trimestre.

Quem mais subiu, quem mais desceu, ontem:

Maiores Altas

Preço (Variação)

Natura (NTCO3)

R$ 15,23 (+2,63%)

3R Petroleum (BRAV3)

R$ 18,39 (+2,39%)

Hypera Pharma (HYPE3)

R$ 27,35 (+2,05%)

Locaweb (LWSA3)

R$ 4,17 (+1,71%)

Petrobras (PETR3)

R$ 42,06 (+1,69%)

Maiores Baixas

Preço (Variação)

Atacadão (CRFB3)

R$ 7,91 (-5,27%)

Sendas Distribuidora (ASAI3)

R$ 6,77 (-2,87%)

Petz (PETZ3)

R$ 4,81 (-2,63%)

Renner (LREN3)

R$ 17,70 (-2,26%)

Azul (AZUL4)

R$ 5,75 (-2,21%)

Stats do dia

Em 2024, 41% dos americanos relataram tentar beber menos álcool, um aumento significativo em relação aos 34% em 2023. Esta tendência é particularmente forte entre os mais jovens, com 61% da Geração Z planejando reduzir a ingestão de álcool, acima dos 40% no ano anterior.

via NCSolutions

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