No drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

• Earnings BlackRock: o banco dono de 12% do mundo

• Bolhas: estamos em uma ou não?

• Gol S2 Azul: uma nova gigante da aviação está nascendo

• INSS: atualizações da sua aposentadoria.

Um Giro pelo Mercado

Por aqui, o IBOV manteve as boas energias e fechou sua terceira alta consecutiva - puxada pelos dados divulgados nos EUA - e terminou a sessão com alta de 2,81%. Começou também a temporada de divulgação de resultado das Construtoras e Incorporadoras. E não menos importante, o Banco Central Sincerão foi às redes afirmar que a taxação do PIX é fake news de um jeito “irreverente", mas, parece que a galera não gostou..

Lá fora, começou a temporada de balanços em Wall Street, puxadas pelos bancos que já subiram a barra para as demais: Goldman Sachs dobrou o lucro no período, JP Morgan Chase cresceu o lucro em 50%, BNY e Citigroup superaram as expectativas e a BlackRock fez estrago, confira abaixo…

BlackRock: o banco com 12% do mundo.

A BlackRock deixou difícil para qualquer rival impressionar em 2024: mesmo em meio a um cenário global turbulento, a maior gestora de ativos do mundo alcançou números inacreditáveis! Crescimento orgânico de 7% em taxas base, 12% em tecnologia e margem operacional ajustada de 44,5%.

• Receita anual: $20,4 bilhões (+14% vs 2023)

• Lucro por ação: $42,01 ($43,61 ajustado)

• Entradas líquidas: $641 bilhões (recorde)

Os números são só a ponta do iceberg. A verdadeira história está nas aquisições como GIP e HPS, domínio no mercado de ETFs com entradas de $390 bi, e expansão internacional. O que mostra que tamanho não é desculpa para não conseguir crescimento exponencial.

Enquanto a Black Rock redefine o significado de ser uma potência financeira no século 21, o CEO Larry Fink avisa que este é só o começo: “Nos 25 anos desde o nosso IPO, a BlackRock proporcionou um retorno total anual composto de 21% aos nossos acionistas, em comparação com 8% no S&P 500. A BlackRock entra em 2025 com mais crescimento e potencial de valorização do que nunca.”

• PIX: após repercussão negativa, o governo recua e revoga norma da Receita Federal sobre movimentações financeiras. Haddad diz que o estrago já está feito por desinformação.

• Dasa e Amil: o casamento das gigantes de saúde está consumado e nasce a Ímpar, o segundo maior grupo de hospitais do país.

• REAG levantou um fundo, FII The Spot One, e concluiu a aquisição de 57 apartamentos em BC por R$126mi.

• Presidente da Coréia do Sul, Toon Suk Yeol, é preso após cerco policial com +3k agentes, acusado de tentativa de golpe.

• Nubank está expandindo o programa de recompensas com a Stablecoin USDC para todos os clientes.

• XRP, a terceira maior criptomoeda do mercado atinge máxima histórica depois de crescer +10% ontem e superar U$159bi em marketcap.

• Hindenburg Research, a firma de investimento famosa pelo posicionamento ativista e posições short, está fechando as portas.

Howard Marks: afinal, estamos em uma bolha?

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O mercado financeiro é repleto de termos, acrônimos e estrangeirismos. Duas delas, as palavras Bubble e Crash já atingiram o nível milkshake; todo brasileiro envolvido sabe o que significa. O que ninguém realmente sabe é se estamos em uma Bubble que em breve causará um Crash.

Esse foi o tema do memorando “On Bubble Watch" de Howard Marks. Mark é um ícone do mercado financeiro. Fundador da Oaktree Capital com ~U$200 bilhões em ativos sob gestão e foi o cara que previu:

1) A bolha dot.com (2000)
2) A grande recessão (2008)
3) A pandemia Covid (2021)

Agora, Marks retorna ao tema para refletir sobre o cenário atual e o que podemos aprender com o passado.

• O mercado dos EUA agora representa 70% do índice mundial (MSCI)

• O valor de mercado das 7 Magníficas (Apple, Microsoft, Amazon, Alphabet, Meta, Nvidia e Tesla), representa 39% do mercado americano.

• A representatividade do marketcap destas no S&P dobrou em 5 anos.

• A concentração das tech no pico da bolha de 2000 era de 22%

Ou seja, o peso das Mag7 na bolsa americana é grande demais e o peso da bolsa americana no mundo também. Mas, estamos ou não em uma Bubble?

Marks crava que “bolhas são um estado de mentalidade”, não um cálculo quantitativo. É a soma do aumento dos preços, dos pesos com uma pitada de FOMO. Neste ponto, “não existe preço caro demais”.

Marks conclui dizendo que NÃO pode afirmar categoricamente se estamos, ou não, numa bolha. Mas que há diversos elementos para se pensar:

Marks conclui dizendo que não pode afirmar categoricamente se estamos, ou não, em uma bolha. Mas que dois cenários são possíveis: (1) Vem aí uma correção severa no mercado ou (2) um período prolongado de baixos retornos.

PS1: O JPMorgan criou o gráfico mostrando os níveis históricos de P/L do S&P e os retornos subsequentes de 10 anos. Nada promissor!

PS1: Howard Marks também é autor do livro “Dominando o Ciclo de Mercado”, disponível pela editora Alta Books: Link do Mercado Livre.

⬆ HAPV3 (+10,45%): as ações da operadora de saúde lideraram os ganhos da quarta-feira. A alta foi motivada pelo alívio na curva de juros BR causada pelos dados de inflação nos EUA. Além disso, as possíveis mudanças na política de preços e reajustes dos planos de saúde ajudaram.

⬆ VAMO3 (+9,44%): que também é mais sensível aos ciclos econômicos - como a curva de juros - também surfou as boas novas dos dados americanos e aproveitou para recuperar o fôlego, já que suas ações somam queda de ~50% nos últimos 12 meses.

⬇ MRFG3 (-1.76%): com um relatório do JP Morgan classificando as ações da empresa como neutras e antecipando um cenário desafiador para o setor de carnes, a Marfrig foi uma das duas únicas a fechar no negativo.

⬇ KLBN11 (-0.51%): o leve recuo do dólar somado a baixa de 0.34% da celulose foram os grandes responsáveis pela queda da grande exportadora.

Gol S2 Azul: a fusão das gigantes da aviação

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Na calada da noite de ontem, enquanto os brasileiros desligam o cérebro assistindo um novo BBB, a Azul e a Gol assinaram um memorando de entendimento (MoU) que, se cumprido e aprovado pelo Cade e Anac, levará a fusão das empresas e criação de uma gigante da aviação com 60% de participação do mercado nacional!

• GOL tem 138 aviões que transportaram 30 milhões de passageiros em 2023 e atingiu um faturamento de R$11,6 bilhões até setembro do ano passado.

• AZUL tem 180 aviões que transportaram 29,3 milhões de passageiros em 2023 e atingiu um faturamento de R$13,7 bilhões até setembro do ano passado.

O plano é que ambas empresas tenham a mesma participação - o que vai depender do resultado da recuperação judicial (Chapter 11) que a Gol está enfrentando nos Estados Unidos. Independente do outcome, o modelo de governança foi definido para que o controle e responsabilidades sejam compartilhados:

→ O Conselho terá 9 novos integrantes: 3 indicados pela Gol, 3 indicados pela Azul e 3 independentes indicados pelos demais acionistas
→ O novo CEO será definido pela Azul, já o Presidente será indicado pela Gol.
→ Nenhum Capital novo será investido nos negócios, apenas os ativos existentes.
→ As Marcas devem continuar operando de forma independente, mas em parceria com uma podendo realizar voos pela outra.

No começo do ano, o Governo deu seu empurrãozinho para que o deal acontecesse e perdoou boa parte da dívida de ambas companhias:
Gol: deveria pagar R$ 5,8 Bilhões, mas vai pagar R$ 880 milhões em 120x.
Azul deveria pagar R$ 2,8 bilhões, mas vai pagar R$ 1,1 bilhões em 120x.

As ações da $AZUL4 acumulam baixas de ~65% nos últimos 12 meses e as ações da $GOLL4 acumulam baixas de ~76% no mesmo período.

Ps1: a Gol faz parte da Abra, uma holding de investidores que também controla a Avianca.

• Desemprego EUA: cai para 4,1%, o menor nos últimos 9 meses

• Inflação EUA (CPI) subiu 0,4% em Dez. e fechou 2024 em alta de 2,9%

• FMI: estudará riscos crescentes da dívida do PIK

• CVM: alerta sobre atuação irregular e suspende empresas Ukuchuma Financial Services e IGM Forex

• Déficit Primário do Governo cai 88,7% em Nov. para R$ 4,515 bilhões

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Termos e Condições

INSS: os reajustes do ano para sua aposentadoria

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Ano novo, novas regras e valores para os beneficiários do sistema de previdência, INSS. Atualmente, 41 milhões de brasileiros recebem os benefícios, sendo que ~34 milhões são aposentados e ~7 milhões recebem assistência.

Os reajustes são feitas com base no INPC anual (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e os reajustes foram:

• Teto: reajustado em 4,77% para R$8.157,40, de R$7786,01

• Piso: reajustado em 7,5% para R$1518, de R$1412

Lembrando que o cálculo de contribuição do INSS é feito sobre o valor salarial e as alíquotas variam de acordo com a faixa de valores:

• Para salários até R$ 1.518,00, a alíquota é de 7,5%.

• Para salários entre R$ 1.518,01 e R$ 2.793,88, a alíquota é de 9%.

• Para salários entre R$ 2.793,89 e R$ 4.190,83, a alíquota é de 12%.

• Para salários entre R$ 4.190,84 e R$ 8.157,41, a alíquota é de 14%

Além disso, com um acréscimo de 06 meses para homens e mulheres, agora a idade mínima para se aposentar e tempo de contribuição será de:

• Homens: idade mínima de 60 anos com 35 anos de contribuição

• Mulheres: idade mínima de 59 anos com 30 anos de contribuição

O plano é que a cada ano, na transição por idade, serão acrescentados 06 meses até atingir a idade de 62 anos para mulheres e 65 anos para os homens.

• TSMC bateu recorde trimestral com crescimento de 57% no lucro - graças ao boom de IA - elevando o resultado líquido para $11.6bi.

• Cyrela (CYRE3) divulgou as prévias do 4T praticamente dobrando as vendas e gerando R$3.5bi.

• Even (EVEN3) reportou vendas líquidas no 4T de R$369mi

• Plano & Plano (PLPL3) divulgou prévias do 4T com queda de 45,9% nas vendas para R$707mi, mas mantém alta de 10% no acumulado do ano.

• Cury (CURY3) também soltou as prévias com o VGV avançando 63,4% a R$1.4bi.

• UnitedHealth, que perdeu $45bi em valor desde o assassinato do CEO, bateu as expectativas de lucro mas deixa a desejar nas vendas trimestrais.

Stats do dia