• MoneyDrop
  • Posts
  • 💰 Brasil acordou de bom Moody's

💰 Brasil acordou de bom Moody's

A guerra no Oriente Médio impactando os preços do petróleo e o Moody's

Bom dia Droppers,

Pensei no chuveiro: daqui a uns 500 anos, essa fase da humanidade provavelmente será conhecida como a Era do Petróleo.

No drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

  • Um Giro pelo Mercado: Ritmo de Festa com a Moody’s e o Petróleo

  • Raio-x da Petrobras: O que muda com as tensões no Oriente Médio?’

  • Moody’s: O Brasil vai voltar ao grau de investimento?

Um Giro pelo Mercado

A quarta-feira foi agitada, com o mercado brasileiro subindo, enquanto o resto do mundo ficou meio em dúvida. Será que a Moody’s deu uma ajudinha?

O que rolou no Brasil? O Ibovespa disparou ~1% depois que a Moody’s elevou o rating e a Petrobrás, junto a outras petroleiras, tiram proveito da alta do petróleo. Já a WEG foi no caminho contrário.

O que rolou lá fora? Os mercados americanos caminharam para baixo, ainda digerindo dados de emprego acima do esperado. O S&P 500 caiu 0,20%, o Nasdaq 0,18% e o Dow Jones ficou praticamente estável. No fechamento, já haviam se recuperado um pouquinho. A tensão geopolítica também pesou por lá. Investidores estão nervosos com o impacto dos bons números de emprego nos EUA, que podem levar a outra alta de juros pelo Fed.

O que vem por aí? Por aqui, Campos Neto já deu a letra: se o país quiser juros baixos, vai precisar de um choque fiscal positivo. Por lá, fica a expectativa da divulgação do Payroll, ISM e PMI de serviços, além dos números de demissões anual e auxílio-desemprego.

A nova escalada no conflito no Oriente Médio já está mexendo com o mercado de petróleo. O barril disparou 5% em poucos dias e, para a Petrobras, isso pode ser uma jogada de mestre no curto prazo.

O Oriente Médio é uma das regiões mais importantes para a produção da commodity no mundo. O Irã era o 7º maior produtor de petróleo no mundo até julho de 2024, com uma produção de 3,9 milhões de barris por dia, respondeu por quase 5% de toda a produção mundial, que foi de 82,8 milhões de barris por dia.

via Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás
  • Bull case: com o preço do petróleo lá em cima, a Petrobras vê uma chance de ouro. A empresa pode aproveitar o momento para aumentar suas receitas, com o real se valorizando e as exportações bombando.

  • Bear case: Mas nem tudo são flores: a alta nos preços também coloca uma pressão perigosa no bolso do consumidor, com a inflação pronta para subir e, quem sabe, o governo sendo forçado a ajustar os preços da gasolina e do diesel. Esse efeito dominó pode frear a economia e até mexer nos juros.

Ao mesmo tempo, a Petrobras está de olho no futuro. A compra de 10% do bloco Deep Western Orange Basin, na África do Sul, é um sinal claro de que a empresa está se preparando para o longo prazo. Menos dependência dos preços do petróleo e mais segurança nas reservas.

Destaque: com as receitas da Petrobras crescendo, a previsão é de US$ 7 bilhões em dividendos extraordinários até 2025. Mas a volatilidade do mercado e a inflação são dois riscos que você precisa ficar de olho. A estratégia da empresa é sólida, mas os próximos meses prometem emoções fortes para os acionistas.

Recomendações dos analistas: A maioria mantém postura otimista em relação à Petrobras, sugerindo "compra" ou "compra forte". O preço-alvo médio é R$ 45,78, acima do valor atual de R$ 40,79, indicando potencial de valorização.

O que rolou Brasil adentro?

  • Âmbar: Fez nova proposta de R$ 6,5 bilhões para assumir a Amazonas Energia e reduzir dívidas.

  • BB Investimentos: Atualizou sua carteira 5+ para outubro, com troca total nas ações recomendadas.

  • Campos Neto: Afirmou que a taxa neutra de 4,75% no Brasil é maior que a de outros países.

  • Fundos Imobiliários: Distribuirão mega dividendos de até R$ 217 por cota em outubro, com destaque para MXRF11.

  • Latam: Levantou US$ 1,4 bilhão com emissão de bond de cinco anos para pré-pagar dívidas.

  • Vale (VALE3): Estuda triplicar a produção de cobre para competir melhor com rivais.

Desde 2015 o Brasil recebia da Moody's o grau de avaliação Ba2 (qualidade de crédito questionável). Ontem, pela primeira vez nos últimos nove anos, o grau de avaliação foi elevado para Ba1, deixando o Brasil a um passo do tão sonhado grau de investimento com risco de crédito moderado.

A Moody’s é uma das mais influentes agências de classificação de risco (rating) do mundo. O grau de risco de um ativo, investimento, fundo ou nação, pode ser entendido como a probabilidade de essa instituição honrar com os seus compromissos e títulos emitidos. Ou seja, o risco de crédito dos investimentos.

É como dar uma ajeitada na casa, mas deixar a bagunça no quarto dos fundos. A economia brasileira deu uma melhorada e o controle fiscal está um pouco mais organizado. Mas, na visão de alguns investidores, o que empurrou essa nota para cima foram fatores externos, como a recuperação da China e a queda dos juros nos EUA.

Por que isso importa? Com a nova nota, o Brasil parece menos arriscado, o que pode atrair dinheiro de fora. Só que, para muita gente, o jogo de verdade começa quando o governo finalmente der um jeito nas finanças e fizer as reformas que o mercado espera. Até lá, essa boa notícia pode ser só um alívio temporário.

O rating do Brasil coloca o país em uma posição intermediária em comparação com outros da América Latina.

País

Rating (Moody's)

Brasil

Ba1

Argentina

Caa2

Colômbia

Ba2

México

A3

Chile

A1

Peru

Ba1

Uruguai

Baa2

Paraguai

Ba2

O que rolou mundo afora?

  • Conagra Brands (CAG): Ações caem após queda de 20% no lucro e vendas abaixo das expectativas no 1º trimestre fiscal.

  • China: Rally das ações chinesas gera perda de US$ 7 bilhões para shorts em ações listadas nos EUA.

  • Levi Strauss (LEVI): Reduz previsão de receita anual e registra queda nas vendas nas Américas no 3º trimestre fiscal.

  • Nike (NKE): Lucros e vendas caem no 1º trimestre fiscal devido à baixa demanda por novos produtos.

  • Toyota (TM): Investe mais US$ 500 milhões na Joby Aviation para apoiar produção de aeronaves eVTOL.

  • Petróleo: Preços sobem com preocupações sobre violência no Oriente Médio, com Brent a US$ 75,50 e WTI a US$ 72 por barril.

Quem Sobe, Quem Desce

Maiores altas

Preço (R$)

Pão de Açúcar (PCAR3)

R$ 2,96 (+7,24%)

Azul (AZUL4)

R$ 6,24 (+4,87%)

Cyrela (CYRE3)

R$ 21,54 (+4,51%)

São Martinho (SMTO3)

R$ 27,46 (+4,49%)

MRV Engenharia (MRVE3)

R$ 7,89 (+4,22%)

Maiores baixas

Preço (R$)

Vamos (VAMO3)

R$ 6,03 (-6,65%)

Brava (BRAV3)

R$ 17,55 (-2,28%)

Carrefour (CRFB3)

R$ 9,07 (-1,94%)

BRF (BRFS3)

R$ 23,86 (-1,72%)

Embraer (EMBR3)

R$ 46,33 (-1,69%)

via InfoMoney

Stats do dia

3,3% é a nova previsão de crescimento do PIB brasileiro para este ano, acima dos 2,2% anteriormente previstos.

via IPEA

O que você achou da edição de hoje?

conta pra gente, aqui sua opinião realmente importa

Login or Subscribe to participate in polls.

Conheça outros DROPS

 TechDrop : Notícias inteligentes - sem ser chatas - de tecnologia e negócios, todas as segundas, quartas e sextas, às 6h direto no seu inbox.

 AiDrop : A corrida pela liderança da inteligência artificial, dicas de ferramentas e prompts, todas às quintas, às 13h.

*Essa newsletter não faz recomendação de investimentos. Os ativos mencionados são de caráter educacional ou notícia.

Anuncie nos DROPS

Nossas newsletters são lidas por milhares de profissionais de tecnologia, investidores, gestores e líderes de negócios.
Falar com a equipe do DROPS →

Antes de ir embora.. tá curtindo o conteúdo e quer continuar recebendo? então arrasta esse e-mail para sua lista prioritária.

Reply

or to participate.