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💰 abrindo o capô do NuBank

+ um giro pelo mercado e o corte de juros do FED

Bom dia Droppers,

Pensei no chuveiro: Os parques de diversão podem tirar uma foto nítida de você em uma montanha-russa a 100 km/h, mas as câmeras dos bancos não conseguem tirar uma foto nítida de um ladrão parado.

No drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

  • Um giro pelo Mercado: bolsas agitadas após super-quarta

  • Deep dive: Nubank

  • FED: qual o histórico dos mercados após o corte de juros?

Um Giro pelo Mercado

Não sobraram unhas não roídas em Wall Street e na Faria Lima ontem com as decisões dos principais bancos centrais da América. A super-quarta fechou com o Ibovespa em queda de 0,90%, o dólar caindo para R$5,46 e a Nasdaq perdendo 0,3%.

  • Por aqui: o Copom fez a revisão da Selic em 0,25 p.p para 10,75% ao ano, consolidando o Brasil na indesejada segunda posição do ranking de países com maiores taxas de juros reais do mundo, com 7,33%, perdendo apenas para a Rússia, com 9,05%. O cenário global de incertezas acabou pesando sobre commodities e exportadoras como a Vale e Petrobras.

  • Por ali: nos EUA, o Fed votou em 11 contra 1 e cortou os juros em 0,50 p.p, o maior corte individual nos custos de empréstimos desde 2008. O banco central reduziu a faixa de referência da meta para 4,75-5%, encerrando o aperto mais agressivo da política monetária dos EUA nos últimos 40 anos. O único banco que apostava no corte de meio ponto percentual, e acertou, foi o JP Morgan.

Para o pregão de hoje, a expectativa é de mais queda do dólar e volatilidade na bolsa, com o mercado digerindo os ajustes na Selic e no Fed. Exportadoras e construtoras podem sofrer, enquanto bancos e ações ligadas à Selic tendem a ter desempenho positivo.

Deep Dives: vocês pediram a gente ouviu desenhou. A nova seção do MoneyDrop mergulha a fundo nos economics das empresas para além dos resultados trimestrais. É como se o Nubank tivesse ido ao radiologista fazer um raio-x. O resultado é um infográfico simples e fácil de entender e acessar (quase um NFT colecionável). Conta pra gente o que achou?

O Nubank segue expandindo sua base de clientes, chegando à marca dos 100 milhões em agosto. O que dá uma média de ~9 milhões de clientes por ano, ~750k clientes por mês e aproximadamente 25k clientes por dia, mais de 1k clientes por hora, desde a sua fundação há 11 anos.

O foco agora é aumentar a presença no mercado de crédito. A aposta em empréstimos pode trazer ganhos, mas também eleva o risco de inadimplência, especialmente em um ambiente econômico mais desafiador. O foco agora será na capacidade de gerenciar esse risco sem comprometer a lucratividade.

O que rolou Brasil adentro?

  • Agrogalaxy (AGXY3): entrou com pedido de recuperação judicial após não pagar amortização de R$ 70 milhões. A empresa possui uma dívida líquida de R$ 1,5 bilhão com bancos, além de mais de R$ 4 bilhões com fornecedores.

  • Cemig (CMIG4): aprovou distribuição de R$ 472,6 milhões em juros sobre o capital próprio (JCP). O valor bruto por ação é de R$ 0,1652, com direito para acionistas com ações ON e PN em 23 de setembro de 2024.

  • E-Space: concorrente da Starlink pagou a primeira parcela de licenciamento para fornecer internet via satélite no Brasil, com operações previstas para começar em até dois anos.

  • GAC Motor: montadora chinesa oficializou sua entrada no Brasil, prometendo investir cerca de US$ 1 bilhão nos próximos cinco anos. O plano inclui fábricas, centros de P&D e uma cadeia de fornecedores locais.

  • Luiz Barsi Filho: investidor aumentou sua participação na Taurus, atingindo 10% da fabricante de armas sediada no Rio Grande do Sul.

O Federal Reserve surpreendeu o mercado ao cortar os juros em 50 pp, levando a taxa para 4,75%. Enquanto a inflação desacelera e o mercado de trabalho continua robusto, a decisão gera incertezas. A pergunta agora é: o Fed agiu rápido demais, ou está só corrigindo o curso?

Investidores estão tentando interpretar o movimento. Se, por um lado, o corte sugere que o Fed tem maior confiança no controle da inflação, por outro, a dúvida permanece sobre os sinais do mercado de trabalho e se uma desaceleração mais acentuada está a caminho.

"Com a inflação controlada e o mercado de trabalho ainda resiliente, o corte é um movimento estratégico para evitar um pouso forçado," apontam especialistas. Contudo, a incerteza sobre o ritmo de crescimento e a possibilidade de um esfriamento inesperado do emprego preocupa.

Cenários possíveis:

  • Risco de aceleração: Se o corte for bem calibrado, pode evitar um choque recessivo e manter o crescimento.

  • Risco de erro: Se a desaceleração no mercado de trabalho se intensificar, o Fed pode ter que agir com mais cortes rápidos.

A história de cortes de juros do Fed nos leva a uma única conclusão: depende.

É como dirigir numa estrada cheia de curvas sem GPS, com a pista molhada. Às vezes, o mercado acelera, mas em outras, uma freada brusca vem logo antes de um obstáculo imprevisto. Hoje, com a inflação perdendo força e o mercado de trabalho ainda sólido, o corte de 50 pontos é como estabilizar o volante depois de uma série de curvas rápidas, com o Fed tentando manter o carro na pista sem dar a sensação que perdeu o controle do volante - nem capotar.

No fim, o Fed sinaliza confiança, mas será verdade ou apenas um blefe?

O que rolou mundo afora?

  • 23andMe (ME): Todos os sete membros do conselho renunciaram após meses de disputa sobre planos da CEO de tornar a empresa privada. A empresa, que nunca foi lucrativa desde o IPO, enfrenta grande incerteza.

  • Boeing (BA): anunciou a “licença temporária” de executivos e trabalhadores não sindicalizados para economizar durante greve de 33 mil membros.

  • Bitcoin (BTC): ultrapassou os US$ 61.000 após FED cortar as taxas de juros em 50 pontos. A decisão era esperada por traders, que preveem benefícios para o mercado cripto com essa mudança.

  • Cogumelos enlatados: mercado global deve alcançar US$ 13,43 bilhões até 2030, com crescimento anual de 5,8% de 2024 a 2030. Demanda crescente por alimentos práticos e consumo elevado na Índia, China e Japão impulsionam esse crescimento.

  • Summit Therapeutics (SMMT): atingiu marketcap de US$ 23bi, com alta de mais de 1.100% no ano, apesar de não gerar receita nos últimos 12 meses. Crescimento está atrelado a um promissor medicamento anticâncer em seu portfólio.

  • Tupperware Brands (TUP): entrou com pedido de falência, após enfrentar dificuldades para revitalizar seu negócio principal e não conseguir uma oferta de aquisição viável.

Stats do dia

53%: da população adulta brasileira é cliente de pelo menos um produto do Nubank. Destes, cerca de ~20 milhões tiveram seu primeiro cartão de crédito com o roxinho.

via Nubank

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