💰 Delta levanta vôo

+ a fusão da Gol e Azul

Bom dia Droppers,

Pensei no chuveiro: Voar é umas das únicas situações onde a gente paga para ficar desconfortável, apertado e cercado de completos estranhos — e ainda sai do avião agradecendo.

No drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

  • Um Giro pelo Mercado: Ibovespa volta a crescer

  • A fusão da Gol e Azul: rumo ao duopólio

  • Delta Airlines: lucro levanta vôo no terceiro trimestre

Um Giro pelo Mercado

Ontem foi daqueles dias em que a Bolsa tá indecisa, como quando você passa meia hora decidindo se pede comida japonesa ou hambúrguer. O Ibovespa oscilou entre altos e baixos, mas, no fim, resolveu subir.

O que rolou no Brasil? No cenário doméstico, Galípolo e Haddad acalmaram os mercados ao reforçar o compromisso de controle da inflação e das contas públicas, dando um empurrãozinho no Ibovespa e uma quedinha no dólar. O destaque ficou para a alta nas ações do Assaí após a Receita Federal descongelar R$ 1,26bi em ativos de uma treta do antigo dono, GPA. Já as petroleiras sofreram com a queda do preço do petróleo.

O que rolou lá fora? Nos EUA, foi um dia tranquilo por causa do feriado de Columbus Day, mas os índices resolveram subir mesmo assim. O mercado está no estágio "otimista com cautela”, e toda atenção voltada para a earnings season. O setor de energia foi o único que não acompanhou a alta, impactado pela baixa no petróleo.

O que vem por aí: Hoje o mercado deve continuar reagindo aos discursos de Haddad e Galípolo, e aos balanços de empresas como a Netflix. A volatilidade do petróleo e a expectativa pelas medidas do governo devem manter o Ibovespa em movimento.

No tabuleiro do mercado aéreo brasileiro temos 3 principais personagens: Gol, Azul e Latam. Entre revés atrás de revés, elas vão avançam as casas, e a Latam possui uma boa vantagem. Agora, imagina o que acontece se dois jogadores que estão para trás decidem unir forças?

O equilíbrio da partida se transforma radicalmente. E quem está assistindo precisa entender as regras que podem mudar.

Gol (GOLL4)

Azul (AZUL4)

Latam (LATAM)

Participação de Mercado (2023)

29%

29,5%

41%

Crescimento Anual

-5%

+3,6%

+4,4%

Rotas Controladas

122

96

122

Situação Financeira

Recuperação judicial

Crescimento estável

Crescimento estável

O que está em jogo? Se essa fusão decolar, Gol e Azul juntas vão controlar 60% do mercado doméstico. A Latam, que tinha 41% do mercado, viraria automaticamente a lanterna da competição.

Sinergias, eficiências operacionais, cortes de custos. São palavras bonitas que deixam os investidores felizes mas, o impacto vai além da ação. Pense nas rotas: 65% delas podem ficar monopolizadas, especialmente nas grandes capitais como Recife, Salvador e Belo Horizonte. O que isso significa? Preços mais altos, menos opções — o céu brasileiro em duopólio, na prática.

  • Além disso, outro elemento faz esse tabuleiro tremer: a Gol está em recuperação judicial e precisa se reerguer para não se tornar o calcanhar de Aquiles dessa operação. Se der certo, a Gol pode sair disso voando mais alto, enxuta e lucrativa. Mas se não der...

E por que isso importa? Quando dois gigantes se juntam, o mercado escuta. As ações já chegaram a subir 10% com um acordo de codeshare no primeiro semestre, porém no fundo, os investidores espectadores sabem que a partida mal começou.

O CADE, que apita o jogo, ainda não deu seu veredito. E se ele decidir que essa concentração sufoca a concorrência? Game Over. E mesmo a fusão acontecendo, é importante que a nova empresa mantenha o pé no chão: se o olho crescer e as tarifas subirem demais, o tiro pode sair pela culatra.

A fusão promete um céu mais brilhante para as duas empresas, mas pode deixar o consumidor mais apertado que cadeira da classe econômica.

O que rolou Brasil adentro?

  • BTG Pactual: se tornou o maior gestor de portfólios hoteleiros do Brasil ao adquirir a Accor Invest Brasil, que administra os ativos imobiliários da Accor por R$ 1,7 bilhão. São 18 imóveis com cerca de 5 mil quartos.

  • Pix: enfrentou instabilidade ontem (14), e lá foi a galera xingar muito no twitter.

  • Eldorado Brasil: O STF marcou para mês que vem a audiência de conciliação entre J&F Investimentos e a Paper Excellence pela disputa de controle da Eldorado Brasil Celulose.

  • Brasil: As previsões de analistas para a inflação e o PIB de 2024 subiram novamente, enquanto a projeção para a Selic em 2025 também foi revisada para cima, segundo o Relatório Focus.

  • Magazine Luiza e AliExpress: começaram a vender produtos nas plataformas digitais uma da outra, ampliando foco em vendas internacionais e adicionando novas categorias no AliExpress.

  • Marcopolo (POMO4): A XP atualizou a recomendação de compra, elevando o preço-alvo de R$ 8 para R$ 11,50 (potencial de alta de 40%)

  • Sequoia (SEQL3): um dos maiores operadores logísticos do país, anunciou recuperação extrajudicial para renegociar dívidas de R$ 295 milhões.

  • Vero Internet: a startup desafiando as gigantes telecom levantou R$ 900 milhões em uma nova emissão de debêntures para expandir operações para novas cidades.

Mesmo depois de ser uma das maiores afetadas na maior tela azul da história, a Delta Air Lines mostrou que é dura na queda, e segue se destacando no setor aéreo.

Além da perda de receita, o impacto da interrupção causada pela CrowdStrike, fez com que a Delta arcasse com US$ 170 milhões em custos adicionais, como compensações a clientes e despesas com tripulação.

Mesmo o resultado ficando abaixo da expectativa, a queda de 9% nos custos de combustível (US$ 2,53/galão) ajudou a aliviar parte dessa pressão. O saldo foi um trimestre desafiador, mas com margens preservadas.

Pro futuro, a empresa prevê uma queda momentânea na demanda por viagens - comum em períodos eleitorais - mas segue otimista com a demanda da galera saindo de férias e período de festas. A estabilidade nos resultados, compromisso com a modernização da frota e otimismo com o final do ano, tornam a companhia uma escolha atrativa no setor, mesmo em um cenário macroeconômico incerto.

Q3 2024

Q3 2023

RPM

66.3 bi (+3%)

64.1 bi

ASM

762 bi (+4%)

731 bi

Fator de Carga

87% (-1%)

88%

Tradutor MoneyDrop:

RPM (Revenue Passenger Mile) e ASM (Available Seat Mile) são métricas usadas para medir desempenho e eficiência.

- O RPM calcula o número total de milhas percorridas por passageiros pagantes.
- O ASM mede a capacidade disponível de assentos multiplicada pela distância voada, indicando a oferta total.

Já o fator de carga é calculado dividindo o RPM pelo ASM e representa a porcentagem de assentos ocupados em um voo.

Um fator de carga mais alto significa melhor utilização da capacidade da aeronave, métrica-chave para analistas e investidores avaliarem a eficiência financeira de uma companhia aérea.

O que as casas de investimentos recomendam: Compra!

Os analistas têm uma classificação de consenso de compra para as ações $DAL nos últimos três meses. A ação, com preço atual de US$ 53,18 teve uma valorização recente de 3,60%. O preço-alvo médio para DAL é de US$ 62,37 por ação, implicando um potencial de valorização de 17,29%.

O que rolou mundo afora?

  • Berkshire Hathaway: aumentou sua participação na SiriusXM, agora detendo 32% da empresa de rádio via satélite, após a compra de 3,6 milhões de ações por cerca de US$ 87 milhões.

  • Boeing: planeja cortar 10% de sua força de trabalho (aproximadamente 17 mil pessoas) e adiar o lançamento dos aviões 777X até 2026, citando problemas de desenvolvimento.

  • China: está considerando permitir que autoridades locais emitam até 6 trilhões de yuans (US$ 853 bilhões) em títulos até 2027 para refinanciar suas dívidas fora do balanço.

  • DJT/Trump Media: ações subiram mais de 17% na segunda-feira, continuando um rally que elevou o preço das ações em mais de 80% desde o início de outubro, movido pela possível reeleição de Donald Trump.

  • Google: encomendou de seis a sete pequenos reatores nucleares modulares (SMRs) da Kairos Power, tornando-se a primeira tech a adquirir novas plantas nucleares para alimentar datacenters com eletricidade de baixo carbono.

  • Nvidia (NVDA): ações atingiram um recorde histórico, com a empresa agora avaliada em mais de US$ 3,4 tri.

  • Tesla (TSLA): Após um decepcionante evento de robotáxis, as ações da Tesla caíram, com mais de US$ 60 bilhões perdidos em valor de mercado.

Quem mais subiu, quem mais desceu, ontem:

Maiores Altas

Preço (Variação)

Assaí (ASAI3)

R$ 7,14 (+6,25%)

Locaweb (LWSA3)

R$ 4,27 (+5,17%)

Magazine Luiza (MGLU3)

R$ 9,80 (+3,70%)

Marfrig (MRFG3)

R$ 13,17 (+3,70%)

Natura (NTCO3)

R$ 15,42 (+3,49%)

Maiores Baixas

Preço (Variação)

PetroRio (PRIO3)

R$ 43,43 (-1,88%)

PetroRecôncavo (RECV3)

R$ 17,90 (-1,59%)

Bravo (BRAV3)

R$ 17,28 (-0,92%)

Hapvida (HAPV3)

R$ 3,85 (-0,52%)

TIM (TIMS3)

R$ 16,90 (-0,47%)

Stats do dia

789,3 mil voos domésticos registrados no Brasil em 2023, aumento de 8%, ou mais de 58 mil voos, em relação a 2022.

via CNN

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