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💰 A batalha dos Dinobanks
+ os resultados da Palo Alto Networks
Bom dia Droppers,
Pensei no chuveiro: que seria bem lucrativo se os correios abrissem agências nos aeroportos - assim, ao invés de jogar fora um pertence que você esqueceu na bagagem de mão, bastava enviá-lo para casa.
No drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:
Um Giro pelo Mercado: recordes atrás de recordes!
Palo Alto: superando expectativas a 4 tri consecutivos
Dinobanks: a batalha dos bancões pela eficiência e lucro
Um giro pelo mercado:
Um dia para se lembrar: recorde de máxima histórica no Ibovespa, recorde de máxima histórica no preço do Ouro e o S&P 500 quase lá… todos com 13 dias de altas consecutivas. Será que o bom humor vai continuar?
O que rolou? Os futuros das bolsas americanas começaram o dia de maneira mista, mas o S&P 500 está decidido a conquistar sua nona alta consecutiva, algo que não se vê desde 2004. No Brasil, o Ibovespa também está em clima de festa, superando os 136 mil pontos e fechando o último pregão em sua maior marca histórica. Os mercados globais aguardam novos desdobramentos enquanto dados importantes, como o Índice de Preços ao Consumidor na zona do euro e a balança comercial do Japão, movimentam o cenário.
Mas por que?
Nos EUA, o otimismo é impulsionado pela expectativa de que o Federal Reserve possa iniciar um ciclo de cortes nas taxas de juros em breve, o que anima os investidores. O discurso de Jerome Powell, que ocorrerá no simpósio de Jackson Hole no final da semana, pode ser crucial para definir os rumos da política monetária americana. Já no Brasil, o Ibovespa surfa na onda de boas expectativas com possíveis cortes na Selic e no desempenho positivo de grandes empresas. Esse cenário está alimentando a confiança dos investidores e elevando o índice a novos patamares.
A Palo Alto Networks ($PANW) mostrou que o segmento de segurança cibernética continua de vento em poupa e porque continua como líder no setor: 4% de crescimento no pós-resultados, 40% de crescimento no último ano e 400% de crescimento nos últimos 5 anos.
A empresa melhorou suas margens, aumentou a lucratividade e anunciou a recompra de ações, mostrando crescimento sólido e uma forte demanda por seus serviços.
O principal motor desse crescimento foi a receita de assinaturas e suporte, que aumentou 20,9%, atingindo US$ 6,42 bilhões. A receita de produtos teve um crescimento modesto de 1,6%, totalizando US$ 1,60 bilhões. Além disso, a empresa viu suas margens brutas crescerem significativamente, com a margem total subindo para 74,3%, comparado a 72,3% em FY23.
O CEO, Nikesh Arora, destacou que a “platformization” foi crucial para esse desempenho, comentando que, “uma vez que você siga esse caminho, não há volta” — sinalizando o sucesso de sua estratégia de integração de produtos e serviços.
Outro destaque foi a aprovação do aumento no programa de recompra de ações, que agora totaliza US$ 1 bilhão.
A empresa está cada vez mais focada em receita recorrente, o que aumenta a previsibilidade dos resultados financeiros. A alta de 17% no fluxo de caixa livre ajustado, que chegou a US$ 3,12 bilhões, reforça a capacidade de gerar valor sustentável a longo prazo.
Indicador | FY22 | FY23 | FY24 | Crescimento FY23-FY24 |
---|---|---|---|---|
Lucro Líquido | -$267.0M | $439.7M | $2,577.6M | +$2,137.9M |
Fluxo de Caixa Livre Ajustado | $2,671.0M | $3,120.8M | $3,120.8M | +17% |
Receita de Assinaturas e Suporte | $4,138.4M | $5,314.3M | $6,424.2M | +20,9% |
Receita de Produtos | $1,363.1M | $1,578.4M | $1,603.3M | +1,6% |
O que as casas de investimentos recomendam:
Cantor Fitzgerald: Yi Fu Lee mantém a recomendação de 'Overweight', com preço-alvo de $350.
Rosenblatt: Catharine Trebnick mantém a recomendação de 'Neutral', com preço-alvo de $345.
Wedbush: Daniel Ives mantém a recomendação de 'Outperform', com preço-alvo de $375.
O que rolou Brasil adentro?
Ibovespa: bateu recorde nominal nesta 2ª feira (19/08). Atingiu 135.777 pontos, alta de 1,36%, seu maior patamar já registrado.
Dólar: cai mais de 1% e se aproxima de R$ 5,40, com declarações de Galípolo e enfraquecimento internacional da moeda americana.
IPCA: a previsão do mercado financeiro para o IPCA aumentou pela quinta semana consecutiva, passando dos 4,2% para 4,22%.
Cripto: a Receita Federal avançou nos debates com as gestoras de criptomoedas para endurecer o controle tributário. Um novo normativo para declarar criptomoedas deve ser publicado até o fim do ano.
Bets: lucram até R$ 20 bi, enquanto brasileiros perdem R$ 23 bi com apostas. A banca sempre vence.
Não é porque os bancos tradicionais (dinobanks), finalmente, enfrentam concorrência com novos entrantes (neobanks) - com fintechs, open finance, cripto, etc - que jogaram a toalha. Ao contrário, eles estão ajustando estratégias, aumentando o apetite ao risco e colhendo frutos da rentabilidade e solidez financeira. Com carteiras de crédito em expansão, o setor bancário demonstra sinais de recuperação e maior eficiência operacional.
Tradutor Economês Drops:
→ ROAE (Return on Average Equity) - Retorno sobre o Patrimônio Médio: É uma métrica que indica a rentabilidade de um banco em relação ao seu patrimônio líquido médio. É calculado dividindo o lucro líquido pelo patrimônio médio e mostra quanto lucro foi gerado para cada unidade monetária de patrimônio líquido, sendo um indicador de eficiência na utilização do capital.
→ Índice de Basileia: métrica fundamental para avaliar a solidez financeira dos bancos, mede a relação entre o capital próprio do banco e seus ativos ponderados pelo risco. Um índice elevado indica que o banco possui uma base de capital robusta, capaz de absorver perdas e garantir estabilidade em momentos de crise. Para os investidores, esse índice é um indicador crucial da capacidade do banco de se manter solvente e resistente a choques financeiros.
O ROAE tem mostrado resultados positivos em todo o setor. O crescimento das carteiras de crédito, impulsionado por linhas de consumo, PMEs e agronegócio, está alinhado com o guidance dos bancos, e o provisionamento em queda, que diminuiu 8% A/A, sugere um cenário de menor risco de inadimplência. Além disso, os índices de eficiência estão próximos de mínimas históricas, refletindo um controle de custos eficaz combinado com receitas crescentes.
Batalha de Dinos:
Itaú Unibanco: Pró - Alta rentabilidade com um ROAE de 22,4% e o Índice de Basileia mais elevado (16,6%), indicando forte eficiência e uma sólida base de capital. Contra - A alta performance pode já estar refletida no preço das ações, potencialmente limitando o crescimento adicional no curto prazo.
Banco do Brasil: Pró - Forte crescimento na carteira de crédito (+13% A/A) e segundo maior ROAE (20,4%), com uma base de capital robusta (Basileia de 14,2%). Contra - O risco de interferência estatal pode impactar a política de dividendos e a estratégia de longo prazo, especialmente em um ambiente político volátil.
Santander: Pró - ROAE de 15,5%, superando o custo de capital e demonstrando uma recuperação sólida. Também apresenta um Índice de Basileia de 14,4%, mostrando uma posição financeira saudável. Contra - A rentabilidade está abaixo dos líderes de mercado, sugerindo que ainda há desafios a serem superados para aumentar a eficiência operacional.
Bradesco: Pró - Sólida posição de capital com um Índice de Basileia de 15,2% e crescimento moderado na carteira de crédito (+5% A/A), sugerindo resiliência em tempos de crise. Contra - O menor ROAE (10,8%) entre os grandes bancos, indicando que o Bradesco ainda enfrenta dificuldades na geração de lucro, embora haja sinais de recuperação em curso.
O que rolou mundo afora?
Ouro: bateu máxima histórica e superou US$ 2.500 e acumula +21% de ganhos, puxado pela expectativa de corte nos juros pelo Fed.
AMD: engrossa o caldo contra a concorrente Nvidia na disputa pelos chips de IA e adquire a ZT Systems por US$ 4,9 bilhões.
Vaticano: está todo moderninho e planeja adotar NFTs para preservar seu patrimônio cultural e recompensar os fiéis com ‘Soulbound Tokens’.
Berkshire Hathaway: vende US$ 550 milhões em ações do Bank of America, reduzindo sua participação para 12%.
Stats do dia
1 milhão de dólares: valor atingido pela primeira vez por uma barra de ouro - que vale mais do que dinheiro (barra de ouro com peso médio de 400 onças).
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