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💰 R$1.4 quadrilhões de Dívida Global

+ Cosan admite derrota com a Vale + As novas possíveis regras para FII e Fiagro

Bom dia Droppers,

Pensei no chuveiro: é irônico que a Cosan tenha saído da VALE, uma das maiores empresas de minério do mundo, porque os seus retornos atingiram o fundo do poço.

No drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

  • Bancos Americanos: Goldman Sachs x Bank of America x Citi

  • Dívida Global: chega aos R$1.9 quadrilhões!

  • COSAN: Vale mesmo tudo isso?

  • FIIs: novas regras, novos impostos

 Dólar

R$6.0411

-0.40%

↑ Ibovespa

122.855

+0.41%

↑ Ouro

2.735,09

+0.10%

Dow Jones

fechado

-

S&P 500

fechado

-

Nasdaq

fechado

-

Por aqui, o Ibovespa engatou a segunda alta seguida, após um dia de baixa liquidez e sem as informações sobre o anúncio das tarifas de Trump. O volume financeiro ficou em R$8,3bi, quase metade da média diária. Um dos destaques foi a divulgação da B3 sobre a entrada de R$6,5bi do investidor estrangeiro, no pregão de quinta-feira, sendo esse o maior volume desde 2012.

Lá fora, os mercados americanos ficaram fechados em função do feriado de Martin Luther King. Mesmo assim, o presidente Trump não deu sossego ao lançar a própria memecoin $Trump e a da sua esposa $MELANIA. O primeiro dia de inauguração já foi, com direito a participação dos CEOs tech, discurso de Musk e até show do Village People.

Rinha dos bancões: trimestre final de 2024

Malcolm X disse certa vez: "O poder nunca recua, exceto diante de mais poder”. E talvez não existe um lugar e um período que ilustram os dizeres de Malcom tanto quanto Wall Street durante a temporada de resultados trimestrais dos bancos americanos, que em suma:

  • Os maiores bancos dos EUA registraram receitas substanciais e ganhos de lucro no quarto trimestre graças ao ressurgimento das negociações em Wall Street.

  • As receitas da banca de investimento dispararam em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, com todos os maiores bancos reportando aumentos de 25% ou mais.

Durante boa parte dos últimos dois anos, os bancos tiraram proveito do aumento das taxas de juros do FED e expandiram suas margens financeiras. Agora que as taxas estão diminuindo, os ganhos com juros foram interrompidos mas rapidamente compensado pela banca de investimento.

No geral, todos se deram bem, com a média de crescimento de receita em 25%. O destaque ficou com os dois maiores, JPMorgan Chase e Bank of America, que lideraram com ganhos colossais de 49% e 44%, respectivamente.

  • Boletim Focus: projeções continuam subindo para a inflação, pela 12ª semana consecutiva. A expectativa para 2025 saiu de 5,00% na semana passada para 5,08% nesta semana. Já a expectativa para 2026 saiu de 4,05% para 4,10%. As projeções do dólar permaneceram as mesmas para 2025 e 2026, em R$6,00.

  • Produção Industrial EUA: registrou um crescimento de 0,9% em dezembro, depois de ter apurado cinco meses consecutivos de queda. Em 2024, a produção industrial apresentou crescimento em apenas três dos doze meses.

  • Passaportes: com o dólar alto, a procura para as emissões de passaportes caíram 14% em 2024, totalizando 2,1 mi de documentos. O recorde foi antes da pandemia, em 2019, com 3mi de documentos

  • INSS: estudo proibir o uso do BPC (Benefício da Prestação Continuada) em apostas esportivas. Um estudo do BC apontou que mais de 5 milhões de PF do Bolsa Família destinaram seus dinheiro para as apostas virtuais.

Dívida Global bate o recorde de R$1.9 quadrilhões

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imagem via The Capitalist

Desde o início da pandemia no começo de 2020, a dívida do mundo aumentou em 21%, adicionando U$54.1 trilhões a montanha global de boletos. A distribuição dos endividados se dá mais ou menos assim:

  • Sociedades não financeiras: U$94.1 trilhões

  • Empréstimos governamentais: U$91.4 trilhões

  • Setor financeiro: U$70.4 trilhões

  • Famílias: U$59.1 trilhões

Entre os países desenvolvidos, os Estados Unidos e o Japão assumem a liderança entre os mais endividados. Já nos em desenvolvimento, a fila é puxada pela China, Índia e México.

Mas o Brasil não fica de fora. No final de 2024, a relação dívida bruta/PIB do Brasil deve ser de aproximadamente 91%. Isto representa um aumento de cerca de 84,7% em 2023. O Fundo Monetário Internacional (FMI) indicou que esta tendência ascendente da dívida deve continuar, atingindo potencialmente 92% em 2025 e 97,6% em 2029.

BRKM5: Braskem subiu 8,45% para R$13,74, depois de anunciar um investimento de R$ 614 milhões. Esses investimentos terão impacto neutro no caixa, já que serão desembolsados pelos créditos do o Regime Especial da Indústria Química (Reiq).

ASAI3: Assaí subiu 4,81% para R$6,10, ajudado pelo fechamento das curvas de juros. Mesmo com a subida, analistas do Citi soltaram recomendação neutra para a empresa, cortando ainda o preço-alvo de R$9 para R$7,10.

CSAN3:: Cosan recuou 6,83%, em R$ 7,64, estendendo o movimento de correção da sexta-feira, onde chegou a cair cerca de 5%. As movimentações tem relação com o FR divulgado sobre a venda da participação em Vale.

BRAV3: Brava caiu -6,43%, em R$23,71, em dia de recuo nos preços do petróleo e devolveu praticamente toda a alta que tinha no ano. Nos últimos 3 pregões de 2024 a empresa chegou a subir aproximadamente +23%.

RAIZ4: A Raízen caiu -5,39%, em R$1,93, depois de informar que sofreu uma quebra de 27% em sua moagem de cana-de-açúcar no terceiro trimestre da safra 2024/25 (de outubro a dezembro) em relação ao mesmo período da temporada passada, o que impactou nos volumes vendidos no período.

Cosan: dá o stop e joga a toalha da Vale

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O fundador da Cosan, Rubens Ometto, estava convicto que poderia influenciar positivamente as discussões estratégicas e sucessórias de uma das maiores empresas do Brasil. Motivo suficiente para que ele construísse uma posição de quase 5% ao investir R$18,5 bilhões em 2022. Mas os ventos não sopraram como Ometto esperava e sua influência não deu o resultado esperado. Dois anos depois de começar o investimento, a Cosan admitiu a derrota e vendeu toda sua participação com prejuízo de quase 50%.

O motivo para abandonar o investimento? Reduzir a alavancagem e otimizar a estrutura de capital para sustentar o crescimento da Cosan em um cenário de juros elevados:

  • Dívida do Grupo Cosan: cerca de 24% dela está atrelada ao CDI, que foi impactado pelo aumento da Selic

  • Dívida Líquida: cresceu 59% no terceiro trimestre do ano passado, beirando os R$60 bilhões.

  • Alavancagem: subiu de 1.7x para 2.9x no mesmo período.

Os R$9,1 bilhões levantados com a venda serão usados para cobrir a dívida corporativa, que cairá de R$23bi para R$14 bilhões, e não leva em consideração a dívida das subsidiárias Rumo, Raízen, Moove, Compass e Radar.

No mercado financeiro, porém, mostrar vulnerabilidade nem sempre é bem visto. As ações da $CSAN3 acumulam queda de -56,37% em 2024 e -6,37% em 2025, sendo negociadas a R$ 7,64, bem abaixo de suas máximas históricas de R$ 24,76.

Dívida Líquida

Mede o nível de endividamento de uma empresa, levando em conta o dinheiro que ela tem em caixa. É como calcular o quanto você realmente deve, descontando o quanto você tem na carteira.

Alavancagem

Mede a relação entre dívida líquida e lucro operacional (Ebitda). Mostra o quanto uma empresa usa dívida para financiar suas operações ou crescer. É como usar um “impulso financeiro” para fazer mais com menos recursos próprios.

  • Fluxo B3: Estrangeiros injetam R$ 6,5 bi na B3 em um dia, maior aporte em pelo menos 13 anos

  • Crédito: Citi acredita que vai ser um ano mais difícil para a qualidade do crédito.

  • Ações EUA: podem ganhar impulso com o potencial de $1 trilhão em recompras

  • Hedge Funds Asiáticos: tiveram seus melhores retornos nos últimos 15 anos

  • CFA Level II: taxa de aprovação caiu para 39%, a menor desde a Covid

Vai e Vem dos Fundos Imobiliários e Fiagros

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Se por um lado o mercado comemora qualquer avanço rumo a uma reforma tributária, por outro, reclama ao perceber que isso pode se traduzir em novos impostos. Foi o que aconteceu na última quinta, quando Lula sancionou uma lei que coloca os Fundos Imobiliários e os Fiagros na condição de prestadores de serviço, o que significa que terão novos tributos no lugar do PIS/Cofins/ICMS/ISS:

  • CBS: Contribuição sobre Bens e Serviços

  • IBS: Imposto sobre Bens e Serviços

Na prática, a decisão não muda a tributação dos rendimentos dos FIIs, que continuam isentos para investidores. Porém, ao coletar impostos que antes não faziam, os resultados financeiros serão impactados, o que também impacta em menos distribuição para os cotistas e mais repasse para o governo.

Apesar da tributação na pessoa jurídica, no final das contas a pessoa física será a mais prejudicada, dado que representa 75% dos investidores ou 3 milhões de cotistas de FIIs atualmente.

A medida ainda precisa ser aprovada pelo Congresso, que pode derrubar o veto presidencial por maioria absoluta, mas se aprovada, deverá entrar em vigor entre 2026 e 2027.

PS1: dados da B3, de setembro do ano passado, apontam que os FIIs acumulavam 2,8 milhões de investidores, enquanto os Fiagros tinham 558 mil.

PS2: A bancada do agro diz que trabalhará no Congresso Nacional para derrubar o veto presidencial.

  • Vibra: aprovou em assembleia o aumento do capital social da Comerc em R$1,5 bi, mediante a emissão de 161.985.792 ações ordinárias.

  • Vivara: o fundador Nelson Kaufman consolida poder ao comprar as ações do filho e sobrinho e acumula 27,6% na PF e 5.72% na PJ.

  • Intelbras: Bradesco eleva Intelbras para ‘compra’

  • Pepsi: foi processada pela FTC, que a acusa de dar acordos exclusivos ao Walmart, o que aumentou o preço de seus produtos em outros varejistas

  • Amex: pagará $230 milhões para resolver alegações de marketing enganoso

  • BP: corta 4.700 empregos em campanha de redução de custos

  • Gerdau: aprova um novo programa de recompra de ações de até 63 milhões de ações.

  • AgroGalaxy: registra alta de quase 18x no prejuízo do terceiro trimestre, elevando a R$1.6 bilhões.

  • Tenda: aprova recompra de até 176,4 mil ações e cancelamento de 516.094 ações ordinárias.

Stats do dia

Tamanho do mercado de Fundos Imobiliários: a soma do valor de mercado de todos os integrantes do IFIX (Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários), com +100 fundos, não alcança o valor individual de algumas empresas listadas, como Vale, Banco do Brasil e Itaú.

via Empiricus

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