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💰 Dólar nas alturas: é Real ou Brincadeira?

O amigo-secredo do Tesouro + A ata do Copom + A riqueza dos Americanos

Bom dia Droppers,

Chegamos na última edição do ano de 2024 e passamos por altas e quedas, ibov e s&p, selic e fedfunds, real e dólar, foram 108 mil palavras em 72 newsletters, sempre com o objetivo de trazer análises relevantes para que você saia mais informado sobre o mundo das finanças.

Seguimos evoluindo junto com você! Que 2025 nos traga muitos pregões positivos, com aprendizados e conquistas!

@Igor Chede Collaço, @Matheus Novaes, @Pedro Clivati e todo time DROPS

Pensei no chuveiro: Viajar para fora quando o dólar está alto parece uma aula de geografia invertida: você aprende mais sobre o valor da sua própria moeda

No drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

  • Dólar nas alturas: É Real ou Brincadeira?

  • Americanos: nunca estiveram tão ricos.

  • Renda fixa: o amigo-secreto do Tesouro

  • Copom: ata da última reunião

Um Giro pelo Mercado

 Dólar

R$6,2672

+2,82%

↓ Ibovespa

120.772

-3,15%

↓ Ouro

2.635,81

-0,66%

↓ Dow Jones

42.326,87

-2,58%

↓ S&P 500

5.872,16

-2,95%

↓ Nasdaq

19.392,69

-3,56%

Por aqui foi um daqueles dias que o filho chora e a mãe não vê - ou até vê, mas finge que não é com ela e que está tudo certo. A combinação desastrosa foi: a bolsa caiu -2,67%, dólar subiu 3,2% e a nossa curva reta de juros abriu, em média, mais 3,5%. Muitos papéis caíram acima de 4%, com destaque para CVC que viu, em apenas um dia, quase 1/5 de sua valorização sumir.

Lá fora, tivemos a decisão do FED em cortar 0,25% das taxas de juros americanas, diminuindo a projeção de três para dois cortes em 2025, e aumento da expectativa de inflação de 2,1 para 2,5%. O mercado também não gostou e a Nasdaq caiu 3.56% (pior perda diária desde Julho), S&P caiu 2,95% (pior perda diária desde Agosto), Russell caiu 4,4% (pior perda diária desde Junho 2022) e o Dow Jones caiu -2,6%.

O dólar entrou em modo foguete nos últimos tempos, ultrapassando pela primeira vez na história a marca dos R$6,29! Mas qual seria o motivo? A resposta é uma mistura explosiva de ingredientes caseiros e importados para deixar Unabomber com inveja:

No Quintal de Casa (Fatores Internos):

  • Crise de Confiança: O mercado anda desconfiado com as contas fiscais brasileiras, acreditando que o governo não vai conseguir domar os gastos e colocar ordem na casa.

  • Remédio Amargo: O pacote econômico de corte de gastos veio como um Band-Aid em ferida de guerra e não convenceu o mercado que será suficiente para estancar o sangramento

Na terra do tio Sam (Fatores Externos):

  • Trump na Área: A volta de Trump ao cenário político americano acendeu um farol amarelo no mundo todo, com receio de políticas protecionistas e inflacionárias que turbinam o dólar.

  • Juros nas Alturas: Os juros americanos, firmes lá no alto, funcionam como um ímã para investidores gringos, sugando recursos de países como o Brasil.

Calculando o estrago da disparada, que age como um efeito dominó:

  • Tudo Mais Caro: As importações viraram artigos de luxo, afetando os preços de diversos produtos no Brasil.

  • Inflação Atiçada: A pressão nos preços das importações pode dar um empurrãozinho extra para a inflação, piorando ainda mais a situação.

Em resumo, o dólar virou um foguete sem freio. É hora de apertar os cintos e cruzar os dedos!

Americanos: nunca estiveram tão ricos.

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Somente cerca de 3% dos brasileiros investem no mercado de ações. Já nos EUA, essa parcela sobe para 55% da população. E os americanos tem ótimos motivos para continuar cada vez mais confiantes no mercado de ações, afinal, a parte do patrimônio total das famílias americanas em ações está no nível mais alto da história, segundo o relatório Financial Accounts do FED,

  • 29,36% do patrimônio total das famílias americanas está em ações

  • U$168,8 tri é a riqueza total das famílias americanas

Desde 2020, observamos o patrimônio das famílias americanas se elevar significantemente:

  • $13 tri, aproximadamente, foram frutos da valorização imobiliária (que representa quase o somatório das duas décadas anteriores)

  • $12 tri, frutos das valorizações do mercado acionário, com as bolsas americanas nas máximas.

Apesar de toda essa alocação, os dados históricos dão um toque de cautela: quando mais de 25% do patrimônio das famílias vai para ações, o retorno médio do S&P 500 nos próximos 12 meses tende a ser mais modesto, girando em torno de 6,1%.

PS1: Para quem gosta dos detalhes, aqui temos o relatório completo, com 211 páginas

Amigo-secreto do Tesouro

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Na dúvida do que comprar para o não-tão-amigo-secreto da firma? Que tal aproveitar as taxas exorbitantes da renda fixa atual? O Tesouro Direto, junto com a B3, transformou presente em investimento ou investimento em presente com o lançamento do Tesouro Gift Card.

O Gift Card pode ser adquirido pelo site do Tesouro e o único pré-requisito necessário é ser maior de 18 anos. Os títulos presentes disponíveis são os:

  • Tesouro Selic

  • Tesouro IPCA+

  • Tesouro Prefixado

  • Tesouro Educa+

  • Tesouro RendA+.

Como funciona? O processo é simples e descomplicado:

  1. Compre no site do Tesouro: escolha o valor e o título que mais combina com o presenteado.

  2. Presenteie com o Gift Card: entregue o código para o amigo!

  3. Ative o presente: o felizardo precisa ter conta em uma corretora parceira (como BB, Genial, Terra ou Inter), acessar a seção do Gift Card no site do Tesouro e inserir o código.

De acordo com o coordenador do Tesouro Direto, Paulo Marques, a novidade demorou dois anos até sair do papel e que eles não definiram um público-alvo pois "esse é um tipo de presente que se dá a quem a gente ama, então é um produto para todos". É importante ressaltar que o presente dado não se olha os dentes não tem reembolso e os limites são de até R$1.000 por dia ou R$5.000 por mês.

Copom: ata da última reunião

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Nessa semana saiu a aguardada Ata da última reunião do COPOM, que decidiu por elevar a Selic em +1,0%, em uma decisão que foi mais forte que o esperado e pegou muita gente de surpresa. Uma pesquisa pré-reunião apontava que 78% dos analistas esperavam uma alta mais modesta, de 0,75%, enquanto apenas 13% apostavam no 1%.

No documento, o comitê explica que a decisão, tomada de forma unânime, foi embasada em vários riscos que se materializaram, e que o cenário se tornou mais adverso e mais incerto. Em resumo: o cenário ficou mais complicado, pedindo medidas mais duras.

Uma outra surpresa foi que a decisão por sinalizar mais duas altas de mesma magnitude para as próximas duas reuniões foi de forma unânime por todos os diretores do colegiado. Com isso, podemos ter a Selic para 14,25% em 19 de março de 2025.

Os principais fatores de preocupação incluem:

  • Riscos Fiscais

  • A desancoragem do dólar

  • Resiliência da Inflação

O BC destacou ainda que as empresas tendem a repassar a alta do câmbio para os preços, pressionando ainda mais a inflação, exigindo uma política monetária mais contracionista. Mas, mesmo com as decisões mais duras que o esperado, os juros e o dólar continuaram subindo, forçando o BC a intervir através dos leilões de recompra de títulos do Tesouro e venda de dólares - que também não geraram o efeito esperado.

Tesouro Direto: a alta volatilidade das taxas de juros, com os títulos Pré batendo as suas máximas no vencimento, chegando próximo a 15% e os IPCA+ batendo na porta dos 8% fez com que o Tesouro entrasse em “circuit breaker”, tendo suas negociações suspensas pelo terceiro dia seguido.

Jerome Powell: Trump declara que não tem planos de remover o Presidente do Federal Reserve. Trump tem críticas duras em relação à condução da gestão, mas que, apesar das divergências, não pretende intervir na liderança do banco central.

London Stock Exchange: a bolsa londrina está sofrendo a maior fuga de empresas desde 2009. Um total de 88 empresas foram deslistadas de Londres, e apenas 18 foram listadas nesse mesmo período. O governo vem tentando criar políticas para atrair novos negócios, como reportamos com o caso do Nu Bank

Educação: O BofA revisou suas projeções para e reduziu o preço-alvo das ações do setor. Cogna saiu de R$1,70 para R$1,40; Yduqs de R$18 para R$15; Ânima de R$6 para R$5,50; Cruzeiro do Sul de R$6,50 para R$5,50 e Ser de R$7,50 para R$7,00.

Anotaram a placa? Somente 3 ações subiram ontem

MRFG3: foi de arrasta pra cima, subindo +1,81%, em R$16,29, indo na contramão do mercado. O Santander revisou suas estimativas para a empresa, melhorando a margem EBITDA. Marfrig sobre 96,03% no ano

MRVE3: subiu 1,54%, em R$5,26. A empresa anunciou a venda do terreno Marvida, no Texas, dando início ao seu plano de desinvestimento e desalavancagem.

STBP3: avançou 0,54%, fechando em R$13,13. A empresa informou o mercado que sobre a transferência do controle societário para o Grupo CMA CGM, mas que ainda depende de aprovação do CADE. No ano sobe 68,98%.

 AMOB3: o código que é resultado do rearranjo societário do setor de venda de veículos do grupo Vamos e Simpar, corrigiu 30% ontem, depois de subir 176,47% e 6,38% no seus primeiros pregões. O “spin-off” teve como objetivo separar a divisão de concessionárias da Vamos, que é focada em caminhões e máquinas.

CVCB3: depois de cair quase -20% durante o pregão, ela fechou em -17,11%, em R$1,55. No ano acumula queda de -55,71%. O setor sofre impacto com a alta do dólar e a empresa perdeu mais de R$100 mi em valor de mercado ontem

AZUL4: despencou -11,58%, chegando a R$3,59. A empresa é extremamente afetada com a subida do dólar. Só nesse mês ela já cai -27,18% e no ano a desvalorização é de -7758%

  • Inflação China: desacelerou para 0,2% em novembro, o 4° mês de queda

  • Agro: exporta $153 bi até novembro

  • Canadá: inflação cai para 1,9%

  • China: provavelmente terá recorde de déficit em 2025

  • EUA: atividade industrial cai para as mínimas desde a pandemia

  • FED: reduz taxa de juros em 0,25% projeta mais 2 cortes para 2025.

  • Porsche: espera reduzir sua participação na Volkswagen em 40%

  • Tenda: faz recompra de ações com as próprias ações

  • Ambev: troca de CFO: sai Lucas Lira, entra Guilherme Fleury, atual vp global de M&A

  • Honda e Nissan: fusão à vista?

  • Cemig: aprova R$ 560,1 milhões em juros sobre capital próprio

  • Meta: é multada em US$ 264 milhões na Irlanda

  • Nu: investe $150 num conglomerado que tem banco digital na África e Filipinas

  • Gafisa: CVM absolve Tanure e outros ex-administradores no caso de aumento de capital em 2019

  • MicroStrategy: entra no índice do Nasdaq 100

Stats do dia

Mais de U$1.50 trilhões evaporaram do mercado de ações americano com o sell-off de ontem.

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