💰 Raio-x das Edutechs

+ O café está caro e assim continuará!

Bom dia Droppers,

Pensei no chuveiro: No EAD, "a internet caiu" é o novo "o cachorro comeu meu dever de casa”.

No drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

  • Um giro pelo mercado: Pregão volátil e notícias mistas

  • Edutechs: Raio-x da Yduqs, Cruzeiro do Sul e Vitru

  • Café: não fica sem cafeína? temos uma má notícia

Um Giro pelo Mercado

O que rolou? O Ibovespa recuou 0,43%, fechando aos 131.586 pontos, em um dia marcado por realização de lucros e incertezas globais. As ações da B3 caíram 3,34%. No setor de educação, Cogna e Yduqs despencaram com quedas de 5,30% e 5,62%, em meio a rumores de fusão.

Já no macro, o IPCA-15 de setembro subiu 0,13%, abaixo das expectativas de 0,28%, acumulando 4,12% em 12 meses. Economistas alertam para a pressão de fatores como o mercado de trabalho aquecido e a seca que encarece a energia elétrica.

Cenário internacional: Nos EUA, o S&P 500 caiu com o mercado ainda cauteloso diante dos dados imobiliários e da política do Fed. O rendimento dos títulos do Tesouro subiu para 3,79%. Adriana Kugler, do Fed, sugeriu novos cortes de juros caso a inflação continue desacelerando.

O que vem por aí: Hoje, o Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central e o PCE nos EUA são os principais eventos a serem acompanhados. O relatório do BC pode influenciar a Selic, enquanto o PCE nos EUA dará pistas sobre a política monetária americana. Prepare-se para um pregão volátil.

Montanha Russa da B3

Quais as ações com maior variação (para cima e para baixo) dos últimos dias:

Valor (R$) (Dia %)

BRKM5

20,07 (4,42%)

CMIN3

6,75 (2,43%)

BRFS3

25,27 (2,39%)

MRFG3

14,19 (2,09%)

PETZ3

4,77 (1,27%)

BRAV3

18,20 (-6,47%)

YDUQ3

9,06 (-5,62%)

COGN3

1,25 (-5,30%)

ASAI3

7,78 (-4,54%)

AZZA3

42,94 (-4,17%)

via Infomoney

Raio-x das Edutechs em possível fusão

A Vitru Educação, uma das gigantes em EAD no Brasil, está mexendo as peças para uma possível fusão ou venda que pode sacudir o mercado. Quem está na jogada? De acordo com o Pipeline Valor, Cruzeiro do Sul e Yduqs.

Vitru: é a especialista em ensino superior, dona das marcas Uniasselvi e UniCesumar, com +350 cursos de graduação e pós-graduação e +700k alunos.

Cruzeiro do Sul: é a paulistana dos cursos superiores, com unidades em Villa-Lobos, Guarulhos, Santo Amaro, Paulista, Liberdade, Anália Franco e São Miguel, além dos ~40 cursos de graduação em EAD.

Yduqs: a mais tech das edtechs, dona das marcas Estácio, Ibmec, IDOMED, Wyden e Damásio, além do foco em concursos como HardWork Medicina, Grupo Q e QConsursos e a edtech EnsineMe, que somam +750k alunos.

Apesar dos boatos ainda não terem sido confirmados e nem desconfirmados, já podemos desenhar como seria um futuro com os diferentes casamentos:

  • Vitru S2 Cruzeiro do Sul: formando um colosso com mais de 30% do mercado de educação a distância, mas ambas com problemas de liquidez na bolsa. Unir diferentes acionistas e alinhar a governança pode ser um baita desafio.

  • Vitru S2 Yduqs: a liquidez vem mais rápido. Mas com as ações do setor em baixa, fechar um acordo financeiro atrativo não é tarefa fácil.

Vale lembrar que a Vitru, após seu IPO na Nasdaq em 2020, fez as malas e voltou para casa, sendo listada na B3 ainda este ano. A transferência buscava melhorar liquidez e atrair investidores locais, mas o impacto no volume de negociação tem sido limitado. Tanto na Nasdaq quanto na B3, as ações da Vitru vivem uma montanha-russa de emoções.

A fusão ou venda da Vitru pode redesenhar o setor de EAD no Brasil, oferecendo uma oportunidade significativa para os investidores - mas com todo o histórico complicado da Vitru no pacote.

O que rolou Brasil adentro?

  • Brasil: registrou um déficit de US$ 6,6 bi em transações correntes em agosto, abaixo do saldo negativo de US$ 5,162 bi em julho. A expectativa do mercado era um déficit de US$ 5,25 bi.

  • Créditos de carbono: O Estado do Pará realizará a maior venda de créditos de carbono da história, comercializando 12 milhões de toneladas de carbono por R$1 bi, ao preço de US$15 por tonelada.

  • IPCA-15: desacelerou para 0,13% em setembro ( foi 0,19% em agosto). O índice acumulado em 12 meses subiu 4,12%, segundo o IBGE.

  • Mercado Livre: vai dobrar seus centros de distribuição no Brasil até 2025, com foco em entregas rápidas. A operação ampliará a presença no Nordeste e Sul, agilizando entregas.

  • Minerva (BEEF3): obteve aprovação do Cade para adquirir frigoríficos da Marfrig, em uma votação unânime (6 a 0) dos conselheiros.

  • V.tal: controlada pelo BTG Pactual, foi a única participante e deve vencer a segunda rodada do leilão da ClientCo, unidade de fibra da Oi, com uma oferta de R$ 5,68 bilhões.

Se prepare pra pagar caro na cafeína

Como dizem nossos vizinhos do AiDrop: Ferrou! O cafezinho tá ficando caro e o preço não vai melhorar tão cedo. Os futuros do café arábica continuam a operar em níveis elevados. O principal fator por trás desses preços é o aperto na oferta global causado por condições climáticas adversas em países produtores-chave como Brasil e Colômbia.

Como desgraça raramente vem sozinha, o preço do café está sendo influenciado principalmente por três fatores: 

→ Seca prolongada no Brasil, maior produtor mundial de café, está afetando severamente as safras. Regiões produtoras não veem chuvas significativas há mais de 120 dias, ameaçando a floração antecipada dos cafeeiros e potencialmente comprometendo a safra de 2024/25.
→ Desvalorização do real frente ao dólar torna o café brasileiro mais competitivo no exterior, mas menos lucrativo para os produtores locais.
→ Chuvas na Colômbia: que estão acima da média história, estão impedindo a floração adequada dos cafeeiros.

E ao contrário de commodities como o petróleo, a produção de café não pode ser aumentada rapidamente. Novas plantações levam anos para amadurecer, resultando em uma resposta atrasada na oferta e em um ciclo de preços defasado. E o que rolou nas três últimas altas recorde, você deve estar se perguntando?

Retrospectiva:

  • Crise de 1975: Neve raríssima em SP e Paraná destruiu cerca de 1,5 bilhão de árvores de café. Essa bola de neve fez os preços saltarem de 57 centavos para $3,36 por libra até 1977.

  • Pico de 1997: Em maio de 1997, os preços do arábica alcançaram cerca de $3,18 por libra devido a preocupações com uma possível escassez de grãos de qualidade.

  • Altas de 2010-11: Na Colômbia, o fenômeno La Niña e a ferrugem do café levaram os preços do arábica a níveis recordes, mesmo com alta produção no Brasil.

O que rolou mundo afora?

  • Argentina: impulsionadas pelas medidas de austeridade de Milei, ações de bancos argentinos dispararam no acumulado do ano, superando o desempenho de bancos brasileiros e até de big techs como Nvidia .

  • BTG Pactual: comprou Greytown Advisors em Miami e avança em plano global. O banco brasileiro fortalece sua estratégia de expansão internacional com a nova aquisição.

  • Chainlink: a provedora descentralizada de oráculos divulgou um relatório prevendo que o mercado global de ativos tokenizados pode atingir US$10 tri até 2030.

  • EUA: O índice de confiança do consumidor dos EUA caiu para 98,7 em setembro, marcando a maior queda mensal desde agosto de 2021.

  • Flutter: espera mais que dobrar seu lucro até 2027, prevendo que a maioria dos americanos adotará apostas esportivas. A empresa projeta um lucro ajustado de mais de US$5 bi, metade disso vindo dos EUA.

  • MMKT: o Texas Capital Government Money Market ETF, começa a ser negociado sob o ticker MMKT. Ele busca captar parte dos US$6,3 tri dos fundos de mercado monetário.

  • Nvidia (NVDA): ações subiram após um relatório da Bain & Company prever que o mercado de hardware e software relacionado à IA atingirá US$ 990 bilhões até 2027.

  • S&P 500: O histórico sugere que o S&P 500 tende a apresentar retornos positivos no quarto trimestre, especialmente quando registra alta de dois dígitos nos primeiros três trimestres. O índice subiu 20% até agora em 2024.

  • Visa (V): O DoJ dos EUA acusa a Visa de monopolizar ilegalmente o mercado de cartões de débito e inflar taxas que prejudicam consumidores.

Stats do dia

US$ 2.5K por quilograma: o café "Black Ivory" é o mais caro do mundo. Após passar por um processo natural de fermentação no sistema digestivo de elefantes, os grãos produzem um café com amargor reduzido e um sabor suave e achocolatado, com toques de frutas vermelhas.

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