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💰 Fundo de Investimento ou Fundo do Poço?

+ A inflação de Novembro + O Efeito Trump + XP Malls vai ao shopping

Bom dia Droppers,

Pensei no chuveiro: o mercado de ações é como uma feira de rua: os preços flutuam com base na oferta, na demanda e, às vezes, apenas no clima.

No drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

  • Itaú sa: resultados robustos no 3T24

  • Inflação de Novembro: chegou para 8 dos 9 grupos.

  • Efeito Trump: a reação dos mercados!

  • Fundos de Investimentos: ou fundo do poço

  • XP Malls: vai às compras no de shoppings

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Um Giro pelo Mercado

Por aqui nosso ibovespa fechou a semana em queda, motivado por: a divulgação do IPCA ter sido pior que o esperado; a espera pelo pacote de corte de gastos que nunca chega; e com a nomeação de Robert Lighthizer para o comando do comércio exterior nos EUA.

Lá fora, até o fechamento desta edição, os mercados estão animados com a vitória do Trump: bolsas para cima. O FOMC decidiu por cortar o fed fund rates em 0,25%, e apresentou uma comunicação mais dovish (mais leniente com inflação) que o esperado.

Na agenda da semana continuamos com as divulgações de resultados corporativos.
Na terça temos a divulgação da Ata do Copom e vendas do varejo.
Na quarta saberemos a inflação CPI dos EUA.
Na quinta Índia, Argentina e Alemanha também divulgam suas inflações, e China com vendas no varejo e produção industrial.

Itaúsa apresenta resultados robustos no 3T24

A Itaúsa (ITSA4) registrou lucro líquido recorrente de R$ 3,9 bilhões no terceiro trimestre de 2024, aumento de 13% em relação ao ano anterior. A companhia também anunciou bonificação de cinco ações para cada 100 papéis e um dividend yield de 6,6%, reforçando seu compromisso com os acionistas.

Aprofundamento

Liability management é uma estratégia financeira que visa reduzir custos e prazos da dívida, aumentando a eficiência da estrutura de capital da empresa.

  • Os resultados positivos são fruto da estratégia de liability management, que reduziu o endividamento líquido em 45,6%, para R$ 939 milhões, diminuindo o custo da dívida e preservando a liquidez.

  • O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) caiu de 20,9% para 18,0%, destacando desafios na rentabilidade.

  • A Itaúsa enfrentou uma queda de 6,6% no lucro líquido devido a eventos não recorrentes, como impairments da Dexco e indenizações da Elekeiroz.

  • A Dexco ainda enfrenta dificuldades no segmento de Revestimentos Cerâmicos, limitando o crescimento do setor.

  • Alpargatas e Dexco mostraram crescimento: Alpargatas com aumento de vendas e eficiência, e Dexco com bons resultados nas divisões de Madeira e Metais e Louças, apesar dos desafios em Revestimentos Cerâmicos.

  • As ações da Itaúsa se valorizaram 30,2%, elevando o valor de mercado para R$ 114,3 bilhões, demonstrando confiança dos investidores na estratégia da empresa.

Os resultados do 3T24 reforçam a resiliência da Itaú sa em um cenário macroeconômico incerto, mostrando que diversificação do portfólio e disciplina financeira seguem gerando valor. A gestão eficiente da dívida melhora a liquidez, enquanto bonificações e proventos reforçam a atratividade para investidores que buscam estabilidade e retorno.

Inflação chegou para 8 dos 9 grupos.

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Sexta-feira passada tivemos a divulgação do IPCA de outubro e ela foi mais quente que um sábado de verão no Rio de Janeiro, com 8 dos 9 grupos tendo aumento no mês. Dessa vez, a inflação pegou não apenas no quantitativo mas também no qualitativo:

  • Quantitativo: 0,56% no mês, acima do consenso do mercado que esperava 0,53%. Em 12 meses a inflação bateu 4,76%, ou seja, estamos acima da banda superior da meta!

  • Qualitativo: destaque para três itens que mais incomodaram os consumidores este mês: Energia Elétrica ficou em 4,7%, Picanha Carne Bovina em 5,81% e Serviços com 0,76% no mês.

Seguindo o anúncio da ANEEL de que, em outubro, a bandeira tarifária seria vermelha patamar 2 (leia-se, energia mais cara) e a queda no desemprego (aumento na criação de postos de trabalho com carteira assinada), o mercado já esperava um aumento nestes grupos. A única do grupo livre do aumento foi o grupo de Transportes, que caiu -0,08%.

O que esperar daqui pra frente?

O impacto negativo, desta vez, é fruto de um fenômeno fora do alcance da faria lima, as chuvas ou, melhor, a falta de chuva. A inflação ainda vai receber os impactos negativos da mudança para bandeira amarela em novembro e uma possível divulgação da bandeira verde para dezembro, além da pressão no setor de alimentos que deve durar até 2025.

O Efeito Trump nos mercados!

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Mark Twain já tinha dado a letra: ‘A história não se repete, mas muitas vezes rima’. O segundo termo do presidente Trump não começa com o terreno exatamente igual ao primeiro, mas seu primeiro mandato dá sinais de como será o próximo.

No primeiro mandato de Trump, em 2016:

O S&P 500 estava virando para um ganho de 9,5%.
O Índice estava sendo negociado a 17x P/L.
A Taxa de Juros para 10 anos estava em 2,5%
A Taxa Básica de Juros (fed fund rates) estava em 0,75%.

No segundo mandato de Trump, em 2025:

O S&P 500 alcançou 6000 pontos pela primeira vez na história
O Índice esta sendo negociado a 23x P/L.
A Taxa de Juros para 10 anos esta em 4,3%
A Taxa Básica de Juros (fed fund rates) esta em 4,75%.

Em suma, o mercado ganhou U$1,62 trilhões no dia seguinte aos resultados da eleição, sendo este o quinto melhor desempenho diário de todos os tempos!
Mas seu governo será lembrado pelo que será feito daqui para frente e o plano do novo presidente está ancorado em 5 pilares:

  • Aumento de tarifas de importação: 10% para países amigos e 60% para China, o que aumenta o custo dos produtos importados e a inflação.

  • Restrições a Imigração e Deportação de imigrantes ilegais: deixando o mercado de trabalho mais apertado, aumentando os custos e inflação.

  • Cortes de Impostos Corporativos: que diminui os custos para as empresas nacionais.

  • Cortes de impostos PF: em uma magnitude inferior ao implantado no primeiro governo, que tem data para acabar, final de 2025.

  • Desregulamentação: incentivando o mercado bancário, M&A, e criptomoedas.

O resultado imediato foi uma reação extremamente positiva do mercado.
O resultado esperado é um aumento da inflação, acompanhada por uma subida na taxa de juros e uma moeda (dólar) mais forte no mundo todo. Enquanto isso, as casas ajustam suas projeções para corte da taxa de juros:
→ Goldman Sachs: previa cortes em Maio/Junho, mas já atualizou para Junho/Set.
→ TD Securities: acredita que não terão mais cortes no primeiro semestre’25.
→ Barclays: esperava três cortes no ano que vem, mas diminuiu para dois.

PS1: Brasil tem quase 2% do PIB em exportação para os EUA, com cerca de US$40 bilhões em produtos exportados

A XP vai às compras no de shoppings

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O XP Malls, que é um dos principais FIIs do mercado no segmento de shopping, assinou um memorando de entendimento (MoU) com a Allos para a aquisição de três shoppings centers:

  • Plaza Sul Shopping: aquisição adicional de 9,90%, totalizando 34,90%, localizado em SP, focado nas classes A e B

  • Carioca Shopping: aquisição de 20% no shopping localizado no RJ, focado nas classes B e C.

  • Shopping Tijuca: aquisição de 10% no shopping localizado em RJ, focado nas classes A e B

O valor pago pelo metro quadrado foi de R$30.000, quase 50% acima da média atual do fundo de 19,900/m². Considerando um ABL (Área Bruta Locável) de 12.874 m², o investimento ficou em R$393 milhões a serem pagos em duas parcelas:

1) R$230 milhões na finalização da transação, e
2) R$163mi em duas parcelas até dezembro de 2026.

Com isso, o Yield on Cost nos primeiros 12 meses pode chegar a 12,8% e a vacância continua na casa dos 4%, com uma inadimplência líquida abaixo de 1% no último mês.

A estrutura final da transação ainda será definida entre as partes e deverá ocorrer uma nova emissão de cotas do XPML para o pagamento da operação. A transação ainda depende da aprovação do CADE.

PS1: Amanhã (dia 13) tem apresentação trimestral do fundo, que você pode acompanhar por este link e fazer perguntas por este link.

Me Explique Como Se eu Tivesse 5
Yield on Cost (YoC)

Também conhecido como Rendimento sobre o Custo, mede quanto dinheiro você está ganhando com um investimento em relação ao que você pagou.

Imagine que você comprou uma ação por R$100. Agora, essa ação está pagando R$10 em dividendos por ano.

O seu Yield on Cost seria de 10%, porque você está recebendo R$10 por ano sobre os R$100 que você investiu originalmente.

Fundos de Investimento ou Fundo do poço

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A mais de 20 anos o S&P Dow Jones publica o relatório SPIVA Scorecard, que compara o desempenho de fundos de investimento ativamente geridos com índices de referências passivos. E os resultados deste ano, como de costume, não trazem boas notícias para os fundos brasileiros:

Em relação a performance dos Fundos de Investimentos de Ações:

  • Os fundos de ações que não bateram a performance dos benchmarks no primeiro semestre deste ano é de 88%.

  • Olhando para uma janela de 10 anos, o número de fundos de ações que não bateram o benchmark sobe para 91,7%.

  • Nos fundos brasileiros com exposição global, o percentual chega a 92,3%.

  • Mas tem como piorar, no horizonte de 10 anos, 100% deles perdem para o benchmark.

Em relação a performance dos Fundos de Crédito Privado:

  • No curto prazo, apenas 29% destes fundos perdem para o Benchmark.

  • No horizonte de 10 anos, o resultado desastroso volta a aparecer, com 94,5% com performance abaixo do índice.

Um dos fatores que impactam negativamente o resultado dos fundos no longo prazo são as taxas de administração, que drenam os resultados em uma janela maior de tempo.

Outro fator impactante é o tamanho do fundo: quanto maior a popularidade do mesmo devido a algum resultado positivo, mais difícil é de replicar o histórico, dada a dificuldade de alocação e liquidez.

No final, apenas 2% dos fundos de ações conseguem se manter no primeiro quartil de resultado em um horizonte de 5 anos.

PS1: Nesse relatório é possível ver a performance dos fundos ativos a nível global

Quem mais subiu, quem mais desceu

Ação

Valor

Variação

⬆⬆⬆ COGN3

R$1,48

8,82%

⬆⬆ YDUQ3

R$10,83

5,86%

RECV3

R$18,46

4,70%

TOTS3

R$30,00

-2,78%

⬇⬇ VALE3

R$58,65

-3,26%

⬇⬇⬇ CSNA3

R$11,29

-3,91%

Macro

  • Jobless Claim: pedidos de seguro-desemprego subiram para 221k, mas é menor do que os 227k previstos

  • Poder de compra americano: as tarifas impostas por Trump pode pesar em $78 bilhões por ano para o poder de compra americano

  • COP29: Quase 200 nações se reúnem em Baku, no Azerbaijão.

  • Varejo na Zona do Euro: subiram 2,9% em setembro em relação ao ano anterior, impulsionada por uma alta mensal de 0,7% durante setembro.

  • Bitcoin: atinge 88k pela primeira vez.

  • China: Inflação cai para 0,3%, abaixo da expectativa de 0,4%.

Ações

  • Sabesp: lucro salta 622,2% no terceiro trimestre, para R$ 6,1 bilhões

  • CCR: faz acordo com Neoenergia para autoprodução de energia eólica.

  • Vale: ampliam queda e empresa perde quase R$ 20 bi em dois dias.

  • Valid: Gestora Alaska aumenta participação para 30,5% da companhia.

  • BNDES: lucra R$ 19 bilhões nos nove meses de 2024, alta de 31,4%.

  • Lyft: impressiona nos resultados e papel sobe quase 23%.

  • Zillow: que estava com as expectativas de resultados baixas por causa do mercado imobiliário surpreende e ação sobe 21%.

  • BV: divulga lucro recorde

  • Under Armour: consegue cortar custos e ação dispara 20%.

  • MicroStrategy: compra mais U$2bi em bitcoin, a maior aquisição desde 2020.

  • Tesla: chegou a marca de US$1 trilhão depois da escalada pós-eleições.

  • MercadoLibre: Receita sobe, mas margem EBIT fica bem abaixo das expectativas.

  • PetLove: compra a Provet, entrando no mercado de laboratórios

Stats do Dia

A memecoin $DOGE atingiu um valor de mercado de $61 bilhões depois de valorizar:

Nas últimas 24h: +18,72%
Nos últimos 5 dias: +117,52%
Nos últimos 30 dias: +289,52%

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