💰 Motor da economia ou bomba-relógio?

Hey Droppers…

Pensei no chuveiro: que quando somos jovens, saímos escondidos de casa para ir a festas. Já quando envelhecemos, saímos das festas escondidos para voltar para casa.

Onde o governo gastou os R$2,16 trilhões

Em 2023, o governo abriu a carteira e gastou 12,9% a mais do que no ano passado. A categoria “Outras Despesas Obrigatórias” subiu 25,8%. Isso inclui desde o Abono Salarial até a grana para lidar com desastres naturais, investimentos na educação com o FUNDEB, e vários outros gastos obrigatórios.

As "Despesas do Poder Executivo Sujeitas à Programação Financeira" também não ficaram de fora: 32,9% de crescimento. A categoria, dividida em "Obrigatórias com Controle de Fluxo" e "Despesas Discricionárias", é a parte do orçamento que rola mais flexibilidade para mexer de acordo com os desafios e oportunidades. Vai desde despesas como saúde e Bolsa Família, até investimentos em infraestrutura, educação e outros programas sociais.

Mas sem alarmismo: gastar mais em saúde, educação e infraestrutura pode ser uma boa, já que ajuda na criação de empregos, na melhora do dia a dia da galera e (pode) dar um gás na economia. E quando rola uma crise ou desastre, aumentar os gastos públicos pode dar uma animada no mercado e segurar a barra dos atingidos.

É essencial ficar de olho nas políticas públicas e cobrar que o "nosso" dinheiro seja aplicado de forma transparente e eficaz.

O que rolou Brasil adentro?

• Senado aprova LCD, nova opção de renda fixa. A LCD terá isenção de imposto para investidores nos moldes da LCA e da LCI.

• Tabela Fipe para o setor imobiliário? Ideia de “conselhão” é unificar base de dados e ajudar a agilizar as vendas no mercado brasileiro.

• “Oi, eu sou a vontade de gastar sem poder”: Banco Central publica meme polêmico em rede social.

• Faltou papel: Preço elevado faz Suzano (SUZB3) desistir da aquisição da International Paper.

Qual foi o crescimento do lucro de Bradesco, Itaú, Santander e Banco do Brasil, em dólar? A resposta pode te surpreender: de 2010 até 2023, o dólar deu um salto gigante: de R$1,699 para R$4,868 (e esta semana bateu R$5,1). Com esse mar brabo, os bancos têm que assobiar e chupar cana para manter o lucro em dólar.

Em dólar, o lucro do Bradesco despenca 42,79%. Já o Itaú consegue um modesto aumento de 6,11%. O Santander despenca 55,65%. Finalmente, o Banco do Brasil cresceria minguados 2,45%.

Se até os bancos sentem o tranco do câmbio, imagina os pobres dos cpfs!

Por isso, diversificar é sempre uma boa. Afinal, quem investiu em empresas que usam dólar teria - além da valorização da ação em si - impedido o seu dólar de virar praticamente 25 cents.

O que rolou mundo afora?

• Ações da Rivian disparam 50% depois de anunciar um investimento de U$1bi + U$4bi da gigante automotiva Volkswagen.

• O último trimestre ruim da Nike? A marca teve um ligeiro aumento de 0,5% na receita após 5 trimestres com freio de mão puxado.

• Mônaco é o aluguel mais caro do mundo, R$165k por mês por 110m².

• Microsoft: a Comissão Europeia acusou formalmente a gigante de violar as leis antitruste ao agrupar o Teams, Office 365 e Microsoft 365.

Uma pesquisa Datafolha feita com jovens de 12 capitais brasileiras em 2022 revelou que 76% deles têm muita ou alguma vontade de deixar o país para sempre. Quanto menor a idade, maior o desejo: entre a população de 15 a 19 anos, que ocupa a menor fatia do mercado de trabalho, o patamar chega a 85%.

Os Estados Unidos lideram como o principal destino, com uma comunidade de 1,9 milhão de brasileiros. Portugal, com sua proximidade linguística, também atrai um grande número de brasileiros: 275 mil.

Mas a diáspora brasileira vai além desses destinos instagramáveis. Países vizinhos como Guiana Francesa e Suriname possuem alta proporção de brasileiros: chegando a 24,9% e 8,15% da sua população.

Olhando os números, pode até parecer uma boa pro país: Em 2022, o país registrou um recorde de R$ 4,7 bilhões em remessas pessoais vindas do exterior, o equivalente a 0,47% do PIB do mesmo ano — participação maior que de alguns estados, como o Amapá.

Mas o preço oculto que se paga é a fuga de cérebros: perdemos trabalhadores de setores estratégicos que são essenciais para o crescimento do país.

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