💰 Streaming Wars: A batalha que a Netflix já ganhou?

Bom dia Droppers,

Pensei no chuveiro: os apps de streaming nos dão a ilusão da liberdade de escolha, mas na verdade, o algoritmo já sabe bem o que vamos assistir.

Um Giro pelo Mercado

Depois de muitos dias de luta, o Ibovespa está finalmente vivendo seus dias de glória! Em plena maratona de recordes, o índice parece não ter limites, quebrando o teto da bolsa brasileira como se fosse rotina.

O que rolou? O Ibovespa fechou ontem no maior nível da história pela terceira vez consecutiva, alcançando 136.493,65 pontos, impulsionado pela alta em NY e pela performance da Vale (VALE3). O índice chegou a tocar os 137.039,54 pontos durante o pregão, estabelecendo um novo recorde intradiário. Tudo isso com o dólar recuando para R$ 5,48.

Mas por que? O otimismo vem de vários lados. Lá fora, a expectativa em torno do discurso de Jerome Powell e a força das bolsas americanas deram suporte. Já no Brasil, a Vale ajudou a puxar o índice para cima. Mesmo assim, vale lembrar que, em termos reais, o Ibovespa ainda está distante do recorde de 2008, e precisaria atingir 180.000 pontos para superar a marca histórica ajustada pela inflação. No cenário político, o mercado também está de olho nas indicações para o Banco Central, que devem sair ainda em agosto, segundo o ministro Fernando Haddad.

Em meados de 2022 assistir a performance das ações dos principais apps de streaming na tela do app de investimentos parecia um mesmo filme contando uma mesma história. Mas não demorou para uma delas se destacar, a Netflix mostrou que não é superior somente porque chegou primeiro e disparou na frente da concorrência.

Em 2024, as ações da Netflix atingiram máximas históricas, ultrapassando US$ 608 após a empresa reportar um faturamento de US$ 9,33 bilhões no primeiro tri. Além disso, 9,33 milhões de novos assinantes foram conquistados, quase o dobro das previsões dos analistas.

A indústria de streaming, apesar de recente, já bateu impressionantes U$544 bilhões, com projeção de chegar a U$1,9 trilhões até 2030. Atualmente, este bolo está dividido em:

→ Netflix com 29.6% de market share
→ Disney+ com 17.1%
→ Max com 10.9%
→ Hulu com 5.7%
→ Paramount Plus com 7.7%
→ Apple TV Plus com 2.8%

Ps: e se você achava que já existiam apps de streaming demais, aguarde. Essa semana até a rede de fast food americana Chick-fil-A anunciou seu próprio app de streaming.

O que rolou Brasil adentro?

• Renda Fixa: A febre não pára. Cada vez mais empresas estão correndo para emitir títulos no mercado local, impulsionadas pela expectativa de uma possível alta nos juros.

• Setor Elétrico: o Bank of America revisitou o setor e reforçou o otimismo com Eletrobras (ELET3) e CPFL (CPFE3).

• Bets: governo estima que possa arrecadar quase R$3,4 bilhões com o licenciamento de operações de apostas online no Brasil.

• Brazil Potash: empresa sediada no Canadá que detém 100% da Brasil Potássio, entrou com pedido fazer sua IPO na bolsa de Nova York.

• PL da Desoneração: que prorroga desoneração da folha de pagamento para 17 setores, é aprovada no Senado e segue para Câmara

O Pagbank é aquele caso clássico: os números contam uma história e o contexto outra.

→ Os Números: no segundo tri de 2024, impulsionados pelo crescimento no volume de pagamentos e uma forte expansão da base de clientes, os números vieram ótimos! A revisão para cima da projeção anual reforça o otimismo.

A receita do PagBank cresceu 19% no trimestre, atingindo R$ 4,6 bilhões, enquanto o volume total de pagamentos (TPV) subiu 34%, para um recorde de R$ 124 bilhões. O lucro líquido também alcançou um novo patamar, com R$ 542 milhões, um aumento de 31% ano a ano.

→O Contexto: preocupados com a queda do take rate e o aumento do market share em segmentos pouco lucrativos, os investidores partiram em debandada, fazendo com que as ações afundassem ~14,5%. O PagBank anunciou uma revisão do guidance, prevendo um crescimento maior de volumes que lucro.

A projeção para o TPV passou a ser de expansão entre 22% e 28% (o intervalo anterior ia de 12% a 18%). Já a estimativa para o aumento do lucro passou de 16% a 22% para 19% a 25%

Será que um dia essas histórias se encontram?

O que as casas de investimentos recomendam:

Com 17 recomendações de compra, o consenso é claro: existe uma oportunidade real de crescimento. O preço-alvo médio está em $16,88, bem acima dos $12,47 atuais. Claro, há também cautela — 8 analistas dizem "mantenha", e 3 ainda estão pessimistas.

O que rolou mundo afora?

• Nvidia: se prepara para seu anúncio de resultados trimestrais, programado para a próxima quarta-feira (28/08).

• Target (TGT): divulgou resultados melhores do que o esperado, mas o consumidor continua pressionado e em busca de valor.

• Snowflake: bateu as expectativas dos analistas e elevou sua previsão de receita. Mesmo assim, as ações caíram +8% no pós-mercado.

• Lowe’s: reduziu sua previsão anual após queda nas vendas trimestrais e expectativa de baixa nos gastos com melhorias domésticas.

• Desemprego: EUA revisou o número de empregos criados e reportou 818k empregos a menos do que o inicialmente reportado.

• Ford: cancelou planos de fabricar um SUV elétrico depois de decidir que não seria lucrativo, o que pode custar à empresa até US$ 1,9bi.

Não foi só o Ibovespa que bateu recordes esse mês: em agosto, 21 ações também atingiram seu maior preço histórico, com destaque para os setores de Água & Saneamento e Energia Elétrica, com cinco ações cada. Entre elas:

O maior destaque vai para o curioso caso da Ambipar (AMBP3) que teve um aumento de 54,24% no mês e acumula 438,8% no ano. Resultado de um mix de short-squeeze, founder/CEO comprando ações e o programa de recompra da própria empresa.

Já a Vibra Energia (VBBR3), por sua vez, subiu 12,39%, no mês, em grande parte devido ao seu programa de recompra de ações e aumento expressivo no lucro trimestral.

A Sabesp (SBSP3) foi finalmente privatizada e o mercado gostou. Com a entrada da Equatorial como acionista de referência e alta demanda, o resultado foi uma valorização de 11,85%.

Cada ação justifica sua alta de uma maneira. Análises fundamentalistas, análises técnicas, short-squeeze, empolgação com privatização, melhoria no guidance, confiança na estratégia e otimismo setorial são algumas das motivações mais listadas entre os destaques de um mês cheio de recordes positivos!

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