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💰 Ibov x S&P 500: a batalha das bolsas
Ripple, o foguete cripto de 2024 + O novo bancário bilionário + Xibom bombom
Bom dia Droppers,
Pensei no chuveiro: O S&P 500 é como um corredor de maratona - mais estável e previsível. O Ibovespa é mais como um velocista - explosivo, mas sujeito a (muitos) tropeços.
No drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:
S&P 500 x Ibovespa: a batalha das bolsas
Ripple (XRP): o foguete cripto de 2024
Xibom Bombom: o de cima sobe e o de baixo desce
Marciano Testa: o novo bancário bilionário
↑ Dólar | R$6,1089 | +0,09% |
↓ Ibovespa | 119.625 | -1,27% |
↑ Ouro | 2.681,16 | +0,33% |
↑ Dow Jones | 42.635,20 | +0,25% |
↑ S&P 500 | 5.918,23 | +0,16% |
↓ Nasdaq | 19.478,87 | -0,06% |
Por aqui, depois de duas boas altas na semana, o Ibovespa devolveu praticamente tudo no pregão de ontem, caindo -1,27% e ficando negativo novamente no ano. Sexta-feira teremos a divulgação do IPCA de dezembro, que apresentará a inflação anual de 2024.
Lá fora, o dia foi movimentado, com (1) ata da reunião do Fed, confirmando a adoção de uma política monetária mais cautelosa; (2) dados da atividade econômica e mercado de trabalho mais fortes que o esperado e; (3) notícias sobre o Trump usar uma lei americana para “declarar emergência econômica nacional” para aprovar possíveis tarifas comerciais mais amplas. Hoje o mercado está fechado em luto pela morte de Jimmy Carter, ex-presidente americano.
Taylor Swift versus Anitta, Jack & Coke versus Caipirinha, NFL versus Brasileirão, Elon Musk versus Eike Batista: a batalha EUA x Brasil não para! Agora, é a vez das bolsas de valores entrarem no ringue.
O índice brasileiro é o lutador imprevisível, com golpes que vão de -40% a ultrapassar a barreira dos 50% em alguns (parcos) anos. Já o americano é mais constante, concentrando seus movimentos na faixa dos 20-30% de retorno.
Ao longo dos últimos 30 anos, o desempenho da bolsa brazuca vs americana foi:
S&P: fechou no positivo 22x (73%) e no negativo 8x (26%)
Ibovespa: fechou no positivo 18x (60%) e no negativo 12x (40%)
Se olharmos mais a fundo e analisarmos o retorno de $100 investidos em cada um dos índices no começo de 1994 até 2024, a diferença aparente é marginal:
S&P: $100 → $2,254.59, um retorno acumulado de 2,154.59% e anualizado de 10.63%
Ibovespa: R$100 → R$3175,95, um retorno acumulado de 3075,95%, e anualizado de 15,53%
Porém, se ajustarmos esse mesmo retorno considerando a variação cambial do período, a diferença começa a ser representativa:
Ibovespa: teria um retorno aproximadamente de 512% apenas, levando assim o retorno anualizado para 6,19%
A inflação no período também foi bem diferente, aumentando ainda a percepção da diferença de performance entre as duas bolsas:
Estados Unidos: A inflação acumulada nos EUA foi de cerca de 112%.
Brasil: A inflação acumulada no Brasil durante esse período foi de aproximadamente 710%.
Mas não se engane, não importa o quão forte seja a economia nacional, todos estão sujeitos a abalos sísmicos. Como em 2008, quando ambos despencaram ~40%.
Bitcoin: o maior ETF de Bitcoin à vista, iShares Bitcoin Trust ETF (IBIT) da BlackRock Inc., com ~$53 bi, teve o seu recorde de retiradas em dezembro de 2024 desde o seu lançamento. No mesmo mês que o bitcoin fez o seu all-time high, as corretoras de criptomoedas também tiveram uma retirada de quase $2bi no mercado americano.
Binance: se tornou a primeira plataforma de criptos a ter uma licença de corretora no Brasil. Depois de 2 anos de análises, o BC aprovou a compra da Sim;paul, corretora que estava desativada pela Binance, a maior plataforma de cripto no mundo que a que tem a maior % do mercado no Brasil.
XP: fez a sua primeira aquisição no ano, comprando uma parte da Center Investimentos. O escritório, localizado no Paraná, possui 8mil clientes, custódia de R$5bi e 100 assessores espalhados em 10 cidades. É o quarto movimento desses da XP, desde que a CVM abriu a possibilidade para sócio capitalista.
Consumo: os consumidores americanos gastaram $ 241,4 bilhões a mais de 1º de novembro a 31 de dezembro de 2024 do que em 2023. 50% dessa onda de gastos foram em três categorias: eletrônicos, vestuário, móveis e artigos para o lar. O uso do crediário Casas Bahia Buy Now, Pay Later também atingiu recorde, contribuindo com $18,2 bilhões em gastos online.
Ripple (XRP): O foguete das Cripto 2024
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Se as moedas cripto fossem atrizes de cinema, o Bitcoin (BTC) seria a Nicole Kidman e a Ripple (XRP) seria a Fernanda Torres. Enquanto uma é mundialmente famosa e ocupa as manchetes globais, a outra é conhecida apenas localmente - mas foi o suficiente para roubar a cena. Enquanto Fernanda levou o Globo de Ouro de melhor atriz, a Ripple levou para casa o título de terceira maior criptomoeda do mundo - atrás apenas do Bitcoin e Ethereum.
A Ripple valorizou 317% nos últimos 50 dias e atingiu um valor de mercado de ~$140 bilhões, superando qualquer empresa pública brasileira (para comparação, nem mesmo gigantes como Petrobras e Vale chegam a esse patamar). O que é a XRP?
Mercado: A plataforma é voltada para transferências interbancárias, permitindo pagamentos instantâneos entre empresas e instituições financeiras.
Custos: Enquanto uma transação de Bitcoin pode custar cerca de $10, na rede Ripple esse valor é de apenas $0,01.
Transações: Desde 2012, a rede já processou mais de $1 trilhão em transações. O Bank of America anunciou que utiliza o XRP em todas as suas transações internas, dando mais credibilidade ainda para esse sistema.
Toda essa valorização no final do ano pode ser destrinchada em 2 motivos:
Políticas de Trump: a valorização meteórica da Ripple começou logo após as eleições americanas, impulsionada pelas promessas de políticas mais descentralizadas.
Vitória Judicial: outro fator decisivo foi a vitória da Ripple contra um processo da SEC (Securities and Exchange Commission). A decisão judicial, que livrou a empresa de uma multa de $1,3 bilhão, gerou otimismo no mercado e impulsionou os preços.
A cripto é “criticada” pelo lado mais radical da comunidade cripto por ter uma empresa privada por trás e não ser totalmente descentralizada. Recentemente eles fizeram o lançamento de sua stablecoin RLUSD, totalmente lastreada em dólares americanos, visando expandir as oportunidades no mercado de criptomoedas.
PS1: Em 2025 a valorização de XRP está em 9,33%
⬆ PCAR3: Grupo Pão de Açucar liderou os ganhos no pregão, subindo+1,06%, em R$2,85. O papel engata uma subida de quase 30% nos últimos 15 dias, mas ainda se encontra muito longe do que um dia chegou a valer.
⬆ SMTO3: São Martinho também escapou do clima de aversão a risco que tomou conta do mercado local e subiu +0,93%, em R$25,08
⬆ MRFG3: Marfrig teve a ajuda do dólar para fechar em campo positivo também, com +0,89%, em R$16,95
⬇ CRFB3: Carrefour Recuou 12,20%, em R$5,40. As varejistas são mais sensíveis aos ciclos e às movimentações na curva de juros. Papel se encontra próximo da mínima histórica.
⬇ MGLU3: em mais um pregão ruim, caiu -5,52%, em R$6,17, com os preços nos mesmos patamares de início de 2017.
⬇ VALE3: cedeu 0,96%, em linha com a desvalorização do minério de ferro na Bolsa chinesa de Dalian..
Xibom Bombom: o de cima sobe e o de baixo desce
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As 500 pessoas mais ricas do mundo passaram os $10 tri de patrimônio em 2024, puxados principalmente pelos magnatas do setor de tecnologia. Segundo o Bloomberg Billionaires Index, que rastreia o patrimônio do seleto grupo com 12 zeros depois da vírgula na conta bancária, eles ficaram U$1.5 trilhões mais ricos no ano passado, sendo que os titãs tech foram responsáveis por $1 tri.
A boa performance do S&P 500, com 57 recordes de máximas, foi um catalisador importante. Afinal, boa parte das fortunas dos bilionários está atrelada às suas ações em empresas listadas.
Entre os que estavam em cima e continuaram subindo:
Elon Musk: o maior ganhador do ano viu seu patrimônio crescer $237bi apenas após as eleições americanas, chegando em $442bi de patrimônio
Jensen Huang: O CEO da Nvidia adicionou $76 bi ao seu patrimônio líquido e viu sua empresa triplicar durante o ano, chegando a ser a empresa mais valiosa do mundo
Mark Zuckerberg: aka Marquinhos, adicionou $81 bi no seu patrimônio, alavancado pela performance de +70% no ano nas ações da Meta.
Donald Trump: viu seu patrimônio crescer com a subida de 95% nas ações da sua empresa Trump Media & Technology Group Corp, dona da Truth Social.
Entre os que não estavam assim tão baixo mas continuaram descendo:
Mercado de Luxo: Bernard Arnault da LVMH, Françoise Bettencourt Meyers da L'Oréal e Francois Pinault da Kering tiveram grandes prejuízos no ano. Após bons anos pós-pandemia, os três perderam um total de $71 bi, motivados pelas quedas nas vendas para China, um mercado-chave para as vendas de luxo.
Carlos Slim: mexicano, investidor de diversos setores, viu seu patrimônio cair em $26bi, motivado principalmente pela perda de valor do peso, que desvalorizou 20% no ano.
Colin Huang: o dono da Temu, empresa chinesa de comércio eletrônico se tornou brevemente a pessoa mais rica da China em agosto, mas viu suas ações caírem -29% em apenas um dia e fechou o ano perdendo $18bi
Ricardo Salinas: o presidente do Grupo Elektra SAB, um conglomerado bancário e de varejo mexicano, perdeu mais da metade de seu patrimônio em um único dia. O motivo foi alegações de que ele tinha caído num golpe de um ex-consultor financeiro
PS1: Os bilionários representados no índice ganharam um total de $505 bi nas cinco semanas seguintes à eleição, 34% do total anual.
Seguros: taxas globais caem 1% no ano passado, na primeira queda desde 2017
PIB Americano: O GDPNow do Fed de Atlanta, um rastreador do PIB em tempo real, espera um crescimento do PIB no 4T’24 de apenas 2,4% - bem abaixo dos 3,2% de apenas um mês atrás.
Canadá: O primeiro-ministro canadense Justin Trudeau renunciou diante de índices de aprovação baixíssimos.
FED: O vice-presidente Michael Barr deixará o cargo no mês que vem.
Falências EUA: atingem o maior nível em 14 anos, com altas taxas de juros
Marciano Testa: O Novo Banqueiro Bilionário
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Ele não ganhou na mega-sena da virada, mas mesmo assim se tornou o mais novo bilionário brasileiro. Marciano Testa, o gaúcho que fundou a Agiplan em 1999 com 23 anos, ainda na faculdade, e agora é dono de 70% de um banco que vale R$9,3 bilhões. Recapitulando os últimos 25 anos de Marciano e Agibank:
1999, nasce a Agiplan como distribuidora de crédito consignado para o Bradesco.
2012, ganhou autorização do BC para operar como Banco;
2016, adquiriu o Banco Gerador e virou Banco Agiplan;
2018, se torna um banco digital e vira Agibank;
2020, fechou um aporte de R$420mi com a Vinci Partners;
2022, fez duas captações via debêntures securitizadas de R$2,5bi
O sucesso da noite para o dia que levou 25 anos deve apresentar seus resultados em breve e os números esperados impressionam:
Receitas: R$8 bi
Lucro Líquido: R$900 mi
Custódia: R$30 bi
A estratégia da Agibank foi andar na contramão. Em vez de agências tradicionais, a aposta está nos SmartHubs – unidades até 90% mais baratas para manutenção, sem portas giratórias ou caixas eletrônicos. Esses espaços têm foco no atendimento, especialmente das classes mais baixas, e já alcançaram a marca de 1.000 unidades abertas em 2023. Focando no público menos digitalizado, o plano é abrir mais smarthubs em cidades com +50k habitantes, principalmente no Norte e Nordeste.
Bridgewater: cortou 7% do pessoal
Embraer: Embraer entregou 75 aeronaves no 4T24 (+27% vs 3T24)
Meta: nomeou o CEO do UFC, Dana White, para o conselho
Smartfit: tem novo guidance em busca de bater 2 mil academias
BTG Pactual: compra Julius Baer Brasil por R$615 mi
Volkswagen: na China, VW e Xpeng "plugam" forças para construir rede de carregamento ultrarrápido
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Liderando com 39% os felizardos que bateram a SELIC com retornos entre 10-20%
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