💰 Nubank: dobrando o lucro

Bom dia Droppers,

Pensei no chuveiro: que procurar um novo laptop online é basicamente forçar seu computador atual a cavar sua própria cova.

Um giro pelo mercado:

A friaca de agosto está congelando os termômetros, mas os mercados estão se aquecendo. Enquanto a gente tira o casaco do armário, o pessoal do mercado financeiro está com os olhos grudados nas telas, acompanhando o sobe e desce das ações e as novidades políticas.

O que rolou? Ontem, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou um projeto que destina parte da arrecadação das loterias para os e-sports. Além disso, a Câmara dos Deputados deu mais um passo na regulamentação da reforma tributária. O IBGE também divulga hoje as vendas do varejo em junho. Lá fora, expectativa pelos dados de inflação dos EUA está no centro das atenções. Na B3, a temporada de balanços tem um dia agitado, destacando o crescimento do BTG Pactual, que teve um lucro ajustado de R$ 2,9 bilhões. Além disso hoje temos: Gol, BRF, Cosan, Equatorial, IRB, Marfrig, Oi, Petz e Rumo!

Mas por que? O movimento político reflete a pressão para modernizar a economia. Uma possível desaceleração na inflação americana pode levar o Federal Reserve a cortar os juros de forma mais agressiva, o que explica a alta do Ibovespa e o apetite dos investidores por ações, mesmo com o clima de incerteza lá fora.

O Nubank (ROXO34) registrou lucro líquido ajustado de US$ 562,5 milhões no 2T24, uma disparada de 114% YoY, superando as expectativas do mercado. Com receita recorde de US$ 2,8 bilhões, o banco digital se consolidou como uma das maiores plataformas financeiras não só do Brasil como do mundo, alcançando 104,5 milhões de clientes.

A fintech registrou um aumento de 65% na receita YoY, aumentando a base total de clientes e a receita média por cliente ativo (ARPAC). No entanto, a qualidade do crédito disparou um alarme: a inadimplência acima de 90 dias subiu para 7%, reflexo do crescimento do portfólio de crédito e menor critério nos empréstimos, o que pode impactar a confiança dos investidores a longo prazo.

Apesar disso, o Nubank mostrou que neobanks não devem nada aos dinobanks e superou a rentabilidade do Itaú (ITUB4) com um ROE de 28% e investimento pesado em ultrapassar fronteiras, especialmente no México e Colômbia. Será que o jeito Nu vai conquistar o mundo?

O que rolou Brasil adentro?

• Natura&Co: subsidiária americana pede recuperação judicial, incerteza faz NTCO3 cair 8,8% e ofusca 2T24.

• Rede D’Or: lucro líquido de R$ 1,1bi no 2º trimestre, alta de 129% em relação ao ano passado.

• BNDES: dividendos devem engordar o caixa do governo para além de R$ 15 bilhões.

• XP: bate recorde de receita e lucro, que cresce 14% e soma R$1,1bi no 2T24.

• Cemig: apresentou lucro líquido de R$ 1,689bi no segundo trimestre de 2024 e anunciou R$ 1,41B em dividendos adicionais.

• Azzas: divulgou os resultados pré-fusão com o Grupo Soma lucrando R$24,6mi e a Arrezo lucrando R$135mi.

• Raízen: teve um prejuízo líquido ajustado de R$6,9mi no tri - bem distante do lucro de R$527 no ano anterior.

• Locaweb: reporta um lucro líquido de R$18mi, revertendo o prejuízo de R$39mi no mesmo trimestre de 2023.

A JBS bateu o desempenho da S&P 500 e rompeu a barreira dos R$100 bilhões de faturamente anualizado pela primeira vez na sua história!

A empresa reverteu prejuízos e apresentou lucro de R$ 1,72 bilhão no 2T24, impulsionada principalmente pelos setores de aves e suínos, beneficiados por custos mais baixos de matérias-primas. Mas os problemas na JBS Beef North America, com queda de 65,1% no EBITDA, não podem ser ignorados.

A diversificação geográfica ajudou a compensar o tombo nos JBS Beef, com Brasil e Austrália aproveitando ciclos favoráveis na pecuária. A geração de caixa livre saltou para R$ 5,5B, reduzindo a dívida. No entanto, essa melhora está atrelada a fatores temporários, como queda nos preços dos grãos. A gente se pergunta se os resultados vão se repetir, com perdão do trocadilho, na época das vacas magras.

Os investidores precisam olhar além dos números positivos. A dependência de condições externas favoráveis, como a queda nos custos de commodities, e os desafios contínuos nos EUA sugerem riscos futuros. A estratégia de dupla listagem nos EUA é promissora, mas ainda incerta, e deixar seu sucesso na mão do humor da SEC é correr o risco de ver a boiada passar.

O que rolou mundo afora?

• Paramount: quer entrar no shape para ser vendida. Para tanto, demitiu 3k funcionários e encerrou o braço televisivo.

• Starbucks: ações dispararam mais de 22%, após a empresa anunciar a contratação de Brian Niccol, CEO da Chipotle Mexican Grill (CMG).

• Serve Robotics: ações sobem após a empresa investida pela Nvidia divulgar receita de US$ 468.375 no 2T.

• ARM: Intel vendeu sua participação após uma grande valorização das ações da empresa de design de chips.

• Google: corre o risco de ser desmembrado pelo DoJ, após condenação em leis antitruste.

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