💰 Nvidia tá uma pechincha?

Bom dia Droppers,

Pensei no chuveiro: não importa quão grande seja um número, ele está sempre mais próximo de zero do que do infinito.

Um Giro pelo Mercado

A semana passada foi tensa e tanto no Brasil quanto no exterior o clima agora é de medo e busca por segurança.

O que rolou? Nos EUA, o S&P 500 caiu quatro dias seguidos, registrando sua pior semana desde 2023. O Ibovespa, apesar de uma semana boa, acabou acompanhando o pessimismo global, caindo 1,41% - sua maior baixa desde junho. E os rendimentos dos títulos do Tesouro americano também recuaram, sinalizando maior aversão ao risco.

Mas por que? Nos EUA, o temor de recessão aumentou após dados fracos do mercado de trabalho e expectativa de cortes agressivos nas taxas de juros pelo Fed. No Brasil, além da pressão externa, o orçamento otimista para 2025 gerou dúvidas sobre a meta fiscal.

Rapidinhas:

• Semicondutores: O índice de fabricantes de chips caiu 12%, sua maior queda desde a pandemia.

• Commodities em queda: O cobre caiu em 13 das últimas 16 semanas, e o petróleo apagou os ganhos acumulados em 2024.

• Tesouro dos EUA: O rendimento dos títulos de dois anos atingiu seu nível mais baixo desde 2022.

• S&P 500 em alta no ano: Apesar das quedas recentes, o S&P 500 ainda acumula uma alta de 13% em 2024.

• Mudanças no S&P 500: Empresas como Palantir e Dell serão incluídas no índice, enquanto American Airlines e Etsy serão removidas.

• Energia e Petróleo: Petrobras (PETR4) caiu 1,96%, acompanhando a queda de 2,24% no preço do barril de petróleo Brent. Empresas como Brava Energia e PetroRecôncavo também registraram quedas significativas.

• Minério de ferro: Vale (VALE3) caiu 1,25%, refletindo as perdas de 11,24% no minério de ferro na China durante a semana.

• Setor financeiro: Bancos como Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3) também fecharam em queda, acompanhando o mau desempenho do mercado.

• Azul (AZUL4): A companhia aérea caiu 6,33%, motivada por preocupações contínuas com seu endividamento.

• Orçamento de 2025: O governo brasileiro precisa de mais de R$ 150 bilhões em receitas extraordinárias para alcançar a meta de déficit zero, o que gerou incerteza no mercado.

Nvidia está uma pechincha?

Nos últimos 12 meses, o mercado fez ações de empresas queridinhas como Microsoft, Apple e Netflix decolarem. Todas com múltiplos de preço sobre lucro (P/L) elevados. Mas algo curioso rolou: a Nvidia, gigante dos chips, agora parece "mais barata" que as demais com base no P/L estimado dos próximos 12 meses.

O que dizem os números

De acordo com as estimativas de lucro para o próximo ano, o P/L da Nvidia (30,12) está abaixo de empresas como: Microsoft, Walmart, Netflix, Apple e Chipotle.

Isso levanta a questão: Nvidia está subvalorizada ou são as outras ações que estão sobrevalorizadas?

Mas apesar do P/L relativamente baixo da Nvidia, existem riscos. Se a empresa não atingir as estimativas de lucro, o preço da ação pode cair, levando a uma correção no P/L. Além disso, Nvidia está em um setor cíclico (semicondutores), o que pode justificar um múltiplo menor em comparação com empresas de setores mais estáveis como Microsoft e Walmart.

O que rolou Brasil adentro?

• Déficit primário: Julho registrou déficit de R$ 9,28 bilhões, 75,3% menor que os R$ 35,92 bilhões de 2023. No acumulado, queda de 5,2%.

• Grupo Mateus (GMAT3): Receita Federal autua empresa em R$ 1 bilhão, com questionamentos sobre IRPJ, CSLL e multas administrativas.

• Boi gordo: Preço sobe apesar do clima adverso, e analistas preveem virada de ciclo no segundo semestre.

• Correios: Prejuízo cresce 84% no 1º semestre, atingindo R$ 1,3 bi, com risco de terceiro ano seguido no vermelho.

• Mercado Livre (MELI34): Itaú BBA mantém recomendação de compra e ajusta preço-alvo para US$ 2.650, com potencial de valorização de 30%.

• Rock in Rio: Edição especial espera movimentar R$ 2,9 bilhões na economia carioca, com público de 700 mil pessoas.

• Recuperações judiciais: Médias empresas enfrentam alta nos pedidos nos últimos três anos, impulsionadas por juros elevados e inadimplência.

O que rolou mundo afora?

• Japão: PIB do 2º trimestre foi revisado para +2,9%, abaixo da previsão inicial de 3,1%, com consumo e capex reduzidos.

• IPC da China: subiu 0,6% em agosto, abaixo da previsão de 0,7%, enquanto o índice de preços ao produtor caiu 1,8%.

• Google: Enfrenta novo julgamento antitruste com o DOJ, que a acusa de monopolizar o setor de tecnologia publicitária.

• China: Abre setores médico e manufatureiro para investidores estrangeiros, buscando impulsionar o crescimento.

• Black Myth: Wukong: Vendeu 18 milhões de cópias em duas semanas, gerando milhões para seus primeiros investidores.

• Apple (AAPL): A expectativa é que a nova linha do iPhone 16, com poucos upgrades de hardware, destaque a nova função de IA, chamada Apple Intelligence, como principal atrativo no evento de lançamento.

Vem aí outra semana emocionante, com dados de inflação e decisões de política monetária. Nos EUA, o CPI de agosto será divulgado na quarta-feira e pode definir o corte de juros pelo Fed na reunião do dia 18. Na quinta, o PPI trará mais sinais sobre a inflação. Na Europa, o BCE deve cortar juros em 25 pontos-base na quinta-feira. No Brasil, o IPCA de agosto será divulgado na terça, com expectativas de desaceleração, e o IBC-Br, que mede a atividade econômica, sai na sexta.

• Segunda-feira, 09 de setembro

  Brasil: IPC-S (semanal), Relatório Focus

  EUA: Oracle divulga resultados (1T 2025)

  EUA: Crédito ao consumidor (julho)
  

• Terça-feira, 10 de setembro

  Brasil: IPCA (agosto)

  EUA: GameStop divulga resultados

  EUA: Small Business Optimism Index (agosto)

  China: Balança comercial (agosto)
  

• Quarta-feira, 11 de setembro

  Brasil: Pesquisa Mensal de Serviços (julho)

  EUA: Índice de Preços ao Consumidor (CPI)
  

• Quinta-feira, 12 de setembro

  Brasil: Pesquisa Mensal de Comércio (julho)

  EUA: Adobe e Kroger divulgam resultados

  Zona do Euro: Decisão do BCE

  EUA: Índice de Preços ao Produtor (PPI), Pedidos de auxílio-desemprego
  

• Sexta-feira, 13 de setembro

  Brasil: IBC-Br (julho), Pesquisa Industrial Mensal – Regional

  EUA: Índice de Confiança da Universidade de Michigan (setembro)

  China: Produção industrial, Vendas no varejo, Taxa de desemprego (agosto)

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