No drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

• Adobe: Resultados Trimestrais T4'24

• A tradição de Dezembro: rally de final de ano!

• Itaú Asset: as perspectivas para 2025

• Momento Fiis: VILG11 e Kinea

• Trump: O Time dos Bilionários na Casa Branca

• Quick Drops: Selic, IPCA, PBOC

Um Giro pelo Mercado

Por aqui, tivemos reunião do Copom ontem que decidiu, de forma unânime, por elevar a nossa taxa de juros em +1,00%, indo para 12,25% ao ano. Também tivemos divulgação do IPCA, que registrou uma alta de 0,39%, dentro do esperado de 0,38%.

Lá fora, a inflação americana, CPI, foi em linha com as expectativas de 0,3% em novembro. No acumulado de 12 meses, o índice saiu de 2,6% em outubro para 2,7% em novembro. Depois do Dow Jones bater a barreira dos 44k, ontem foi a vez da Nasdaq renovar suas máximas e bater a barreira dos 20k

Resultados Trimestrais da Adobe para T4’24

Na matemática de Wall Street, nem mesmo superar as expectativas é um sinal de aplausos. Basta olhar para a Adobe, que ontem entregou resultados recordes no quarto trimestre, mas ao invés do parabéns a reação foi de decepção, com as ações caindo 8%.

• Receita: $5.61bi vs. $5.54bi estimado (+1,26%)

• Lucro por ação: $4.81 vs. $4.67 estimado (+3%)

A Adobe demonstrou crescimento em todas suas frentes de negócio. A receita de mídia digital cresceu 12% e a receita de criativos cresceu 10%, com uma linda margem operacional de 34,9% que trouxe um lucro operacional de $2bi. Agora, a Adobe fecha o ano com $2,9bi no caixinha (+83% no ano).

O motivo da queda? As projeções mais tímidas do que o esperado pelos analistas para 2025, com a receita entre $23,3 e 23,55 bilhões.

Apesar da flutuação, a Adobe segue gerando fluxo de caixa livre, oferecendo excelente retorno sobre o capital, com uma gestão competente e participação de mercado dominante. O plano é continuar integrando IA à sua família de produtos.

O que as casas de investimentos recomendam: COMPRA MODERADA

Com média de preço-alvo de US$ 621,81 e preço atual em US$ 537,80, há potencial de valorização de aproximadamente 15,62% para as ações no curto prazo. A recomendação é de "Compra Moderada", com análises apontando otimismo sobre as perspectivas da Adobe (ADBE).

A tradição de Dezembro: rally de final de ano!

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O rally de final de ano no mercado financeiro já se tornou uma tradição tão frequente quanto a briga entre parentes na festa de natal. Afinal, com um número cada vez maior de fundos de investimentos atrelando sua remuneração em taxas de performance, o fechamento do ano/semestre/trimestre representa uma das últimas oportunidades para fechar a cota e aumentar o bônus.

Mas, para além das promessas de final de ano, o rally realmente acontece? Uma análise do Ibovespa entre 1991 e 2024 (33 anos) mostra que:

• Dezembro fechou no positivo em 68,75%

• O retorno médio mensal de Dezembro é de 3,3%

• O rally de Dez do ano passado foi de 5,38%

• É considerado o 2° melhor mês do ano (perdendo para Janeiro).

E as good vibes de final de ano não ficam só por aqui. Uma análise de S&P 500 nos últimos 10 anos mostrou que:

• Retorno médio foi de 2,4%

• Dezembro fechou no positivo em 90% das vezes.

Se o motivo de tanto bom humor é realmente a motivação dos fundos, gestores e assessores em garantir o premium de final do ano, é impossível saber. Mas o fato é que, se a história é qualquer indicativo do que está por vir, Dezembro promete!

PS: Abril e Maio possuem retornos médios negativos , fazendo jus a frase 'sell in may and go away’

As perspectivas de 2025 segundo o Itaú Asset

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Na semana passada, Thomas Wu, economista-chefe da maior gestora privada de recursos do Brasil, a Itaú Asset, subiu aos palcos do seu evento anual para compartilhar suas perspectivas e entendimento do mercado para o próximo ano. A gestora revisou:

• Selic em 15%

• Inflação em 6%

• PIB em 2,6%.

Para explicar a piora, ele usou uma analogia com uma história que ele vivenciou em setembro desse ano, quando estava no Rio de Janeiro:

“Em setembro eu fui pro Rio de Janeiro fazer um bate volta numa sexta-feira para visitar uns clientes. Aí dois grandes amigos me ligam com ingressos para o Rock in Rio pra sexta e sábado, inclusive com ingresso para ir ao jogo domingo no Maracanã. Eu disse que não podia, que tinha que voltar pra casa pois tinha obrigações com a esposa. Daí eles trouxeram a brilhante ideia: ‘pergunta lá pra sua esposa. Você não tem nada a perder. O ‘não’ você já tem’. Aí o inocente pergunta…
Final da história: Tomei uma baita bronca e voltei pra casa pra fazer o que já estava planejado. Mas vocês acham que minha esposa estava feliz ou triste? Fui bem ou mal tratado? Objetivamente, não aconteceu nada.. eu ia voltar pra casa e de fato eu voltei pra casa, mas no meio do caminho eu fiz uma pergunta. Objetivamente não teve nada, mas subjetivamente - óbvio e com razão - eu perdi credibilidade e reputação . Eu perdi o benefício da dúvida que levei anos. Na minha opinião, a política econômica foi conduzida dessa forma.”

Para Thomas, o cenário macroeconômico atual, com desempregos e miséria em mínima histórica, é o momento oportuno para equilibrar as contas públicas por meio de uma revisão dos gastos: “É preciso recuperar o benefício da dúvida para mostrar que esse momento é oportuno para tornar o nosso arcabouço fiscal mais consistente, com equilíbrio [nas contas públicas] e crescimento sustentável [da dívida]”. Os problemas já foram diagnosticados, mas ainda não foram tratados, e isso é necessário para nos tornamos um país estável, com menor pressão no câmbio e nos juros.

Ps: a palestra “2025: o Brasil e a economia global em análise” por Thomas Wu está disponível na íntegra por aqui.

Momento Fiis

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VILG11

O Fundo da Vinci Logística concluiu a assinatura da venda de 19% da sua participação no Parque Logístico Osasco. Em agosto de 2020, a VILG11 comprou 80% do parque por R$3mil/m² e quatro anos depois está vendendo por R$4,6 mil/m², totalizando R$20,8 mi.

O valor da venda ficou 41% do custo de aquisição e 25,8% acima do preço do último laudo de avaliação, gerando uma TIR de 15,6% ao ano. Isso seria equivalente a um IPCA + 8,5% ou a um CDI +7,5%. O lucro de R$6,3 mi representa 42 centavos por cota e será utilizado para compor as distribuições de rendimento dos próximos meses.

Hoje o VILG11 é negociado a R$69,59, o que representa algo próximo a R$2,3 mil/m² dos seus ativos em portfólio. Ele cai 29% no ano.

Kinea

A tradicional gestora já captou R$6,5 bi em fundos imobiliários em 2024, mais que o dobro do captado em 2023. E o ano ainda não acabou. O plano é fechar +2 ofertas até o final do ano, levantando +R$200mi para uma tese de desenvolvimento imobiliário de um residencial de alto padrão, com 110 unidades, na região do Ibirapuera, em São Paulo.

A gestora possui R$132 bi sob gestão, sendo R$47 bi em fundos listados. São 814 mil cotistas em 23 fundos, nas categorias de Tijolo, Papel, Agronegócio e Infraestrutura.

O Time dos Bilionários na Casa Branca

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Nunca antes na história os Estados Unidos tiveram uma equipe presidencial com bolsos tão fundos. A versão 2.0 do governo de Donald Trump, indicou pelo menos 10 bilionários (ou cônjuges de bilionários) para cargos no gabinete e posições de alto nível, tornando sua equipe presidencial a mais rica da história. A fortuna dos indicados:

• Os indicados de Trump: fortuna superior a $9 bilhões

• Os indicados de Biden: fortuna de “apenas” $118 milhões

Alguns dos indicados não devem ter problema para pagar os caríssimos aluguéis de capital americana, Washington DC, e suas fortunas:

• Linda McMahon, para Secretária de Educação: $3,2 bi

• Warren Stephens, para embaixador na Grã-Bretanha: $3,4bi

• Charles Kushner, para Embaixador dos EUA na França: $2,9bi

• Jared Isaacman, para liderar a NASA: $1,8 bi

• Scott Bessent, para Secretário do Tesouro, +$1bi (?)

• Howard Lutnick, para Secretaria de Comércio: $1.5bi

• Doug Burgum, para o Departamento do Interior: $1,1bi

Isso tudo sem contar com a fortuna pessoal do primeiro humano a cruzar a barreira dos U$400 bilhões, Elon Musk e seu fiel escudeiro no Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), Vivek Ramaswamy com sua “modesta” fortuna de $1bi - já que ambos não ocupam cargos oficiais.

Quick Drops

SELIC, IPCA, PBOC

• SELIC: foi para 12,25% ao ano, após reunião do Copom de ontem decidir, de forma unânime, por subir a taxa em 1,00%. O comitê ainda antevê, se confirmar o cenário esperado, ajustes de mesma magnitude para as próximas duas reuniões, levando assim a Selic para 14,25% no primeiro trimestre do ano que vem

• IPCA: registrou uma alta de 0,39%, em linha com as expectativas de 0,38%. Agora, o acumulado anual chegou em 4,87, ou seja, bem acima da banda superior da meta do Banco Central. Alimentos representou 85% da inflação observada no mês, com um aumento de 1,55%. O Núcleo do IPCA acumula alta de 4,20% nos últimos 12 meses.

• PBOC: O Banco Central da China injetou cerca de $111 bi em novembro por meio de acordos de recompra reversa, para aliviar pressões de liquidez geradas pelo aumento da emissão de títulos do governo local. Esse financiamento é parte de um programa que quer reduzir as dívidas fora do balanço dos governos regionais.

Quem mais subiu, quem mais desceu

Macro

• Canadá: atinge desemprego de 6,8%, o maior nível em oito anos

• Merger Monday: na segunda as empresas americanas fecharam $35 bi em negócios

• Powell: Trump fala pra NBC que não tem intenção de trocar a cadeira do FED

• Alimentos: preço de alimentos global atingiram o nível mais alto em 19 meses

• China: flexibilizou política monetária pela primeira vez em 14 anos

• Tarifas: em meio às ameaças tarifárias, importações americanas devem bater recorde

• Austrália: reunião do Banco Central manteve as taxas de juros inalteradas

Ações

• Apple: enfrenta processo de $1,2 bi por abandonar ferramentas para detectar e remover materiais de abuso infantil

• Azzas: a empresa que surgiu da fusão de Arezzo e Grupo Soma, vai descontinuar 4 marcas do portfólio.

• Grupo FS: vai investir R$1,8 bi na construção de 3 data centers no Brasil

• Direcional: vende fatia da Riva, subsidiária com foco imediatamente acima do MCMV

• Yduqs: compra Faculdade Edufor por R$145 mi

• Mondelez: possibilidade de fusão com a Hershey e criação de um gigante do setor de alimentos com vendas combinadas de $50 bi

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