💰 A corrida fofa da Nike.

Bom dia Droppers,

Pensei no chuveiro: que Física é Matemática sujeita às restrições da realidade, já Engenharia é Física sujeita às restrições do orçamento.

MoneyDrop é a newsletter bi-semanal que conta histórias do mercado visualmente. Ao invés de perguntar ‘entendeu ou quer que desenhe', nós já desenhamos.

As ações da Nike caíram 20%, marcando o pior dia em seus 44 anos de história como empresa de capital aberto. A empresa de Phil Knight enfrenta um momento complicado com quedas nas vendas e perda de participação no mercado.

Uma das pedras no sapato tênis de corrida da Nike é a dificuldade em atrair o público jovem, que tem se encantado com marcas emergentes como On e Hoka. Essas têm se destacado com ciclos de inovação rápidos, produtos atraentes, senso de comunidades (como os clubes de corrida, que a Nike se afastou) e estão investindo no varejo, abrindo lojas emblemáticas em locais estratégicos como Paris e Nova York e investindo em parcerias.

Vale lembrar que os resultados da Nike, em números, ainda são muito maiores que a desses novos concorrentes... mas a Nike precisa se reinventar para reconquistar seu público. A pergunta que fica é: a Nike vai se adaptar e recuperar o pace ou vai continuar olhando pro calcanhar das novatas?

O que as casas de investimentos recomendam: Hold.

• Barclays: baixou de overweight pra em cima do muro. O preço-alvo também caiu. $109 → $80

• Wells Fargo: Manteve o rating em overweight, mas jogou o preço-alvo para baixo. $115 → $92

• Citigroup: Manteve a recomendação de compra e baixou o preço-alvo apenas em generosos $115 → $102.

O que rolou Brasil adentro?

• Dólar fecha em R$5,65, maior valor em dois anos e meio.

• Casa do Pão de Queijo, uma das maiores redes de cafeteria do país, entrou com pedido de recuperação judicial.

• Mudanças no cartão de crédito começam a valer este mês.

• Coaf multa Grupo Louis Vuitton por não declarar operações no Brasil.

Tá órfão da série Succession? E se eu te disser que tem uma disputa muito parecida no mundo real pra acompanhar? Pega a pipoca!

A disputa entre os filhos de Bernard Arnault e as estratégias agressivas do próprio Bernard pelo controle do império LVMH parece até ficção, com especulações sobre quem será o sucessor.

Mas primeiro vamos de flashback: Bernard Arnault consolidou o controle da LVMH e expandiu o conglomerado através de diversas estratégias:

Arnault adquiriu diversas marcas de luxo icônicas, consolidando a LVMH como líder global no seto, soube apostar em marcas inovadoras como Off-White e Fenty Beauty e fechou parcerias com empresas como o Google impulsionaram o crescimento da LVMH, especialmente no e-commerce de luxo.

Mantendo tudo em casa, 4 dos 5 filhos de Arnault exercem cargos de liderança no grupo. Além disso, Arnault e sua família detêm a maioria das ações e direitos de voto da LVMH, assegurando o domínio da empresa. Ele preparou seus filhos para assumirem o comando, implementando um plano de sucessão para manter o controle da LVMH na família...

Mas não tão rápido. Arnault elevou o limite de idade para o CEO, para ficar no controle por mais tempo.

E aí, Arnault vai ceder o trono ou será que vai rolar mais algum plot twist?

O que rolou mundo afora?

• Biden vs. Trump: pra que lado o dólar vai com a vitória de cada um?

• Bridgewater aposta US$ 2 bilhões em fundo que usa machine learning para tomada de decisões e incluirá modelos da OpenAI, Anthropic e Perplexity.

• Boeing vai comprar sua fornecedora Spirit AeroSystems. O acordo multibilionário reverterá a decisão tomada pela fabricante de aviões há duas décadas de terceirizar a produção de peças-chave.

• 10 coisas que a Vox aposta para os próximos 10 anos: menos obesidade, mais carros elétricos, uma bomba nuclear pode cair…

• Por que pode ser um verão cruel para o mercado de ações americano?

O TikTok Shop tá “quase chegando” no Brasil desde 2023. Será que agora vai?

A estratégia de ecommerce do app chinês se baseia em dois pilares: o live shopping (compras ao vivo direto pelo app) e os conteúdos de afiliados (onde outros criadores monetizam a venda de produtos de terceiros).

Nos EUA, onde correm o risco de precisarem fazer a mala pra ir embora, o Shop já funciona e os números são impressionantes.

Por aqui, o potencial é gigante, já que o Brasil já é uma potência do live shopping. Semana passada, por exemplo, o pré-lançamento ao vivo da Boca Rosa vendeu 64.413 itens – em apenas 20 minutos.

E se com a piora constante dos resultados do google o TikTok já virou o novo google da GenZ, é um pulo para também virar a nova Amazon.

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