No drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

• Resultados Trimestrais: Vale de Lágrimas

• Vanguard: $VOO se tornou o maior ETF do mundo

• Small Caps estão em maus lençóis

• Penny: a aposentadoria da moeda de 1 cent

Um Giro pelo Mercado

Por aqui, o Ibovespa cedeu quase 1%, em um dia mais pesado para os emergentes. Enquanto aguardavam os resultados trimestrais após o fechamento do mercado, o Banco do Brasil caiu ~1,5%. Já a Vale se manteve estável. As más notícias ficaram para as varejistas que, com a abertura da curva de juros, sofreram quedas de quase dois dígitos. Hoje temos divulgações da B3, Engie, Renner, Rumo e Santos Brasil após o fechamento dos mercados

Lá fora, nem a ata da reunião do FED, enfatizando que não tem pressa para subir as taxas de juros, foi suficiente para frear o S&P 500, que renovou suas máximas e todas as bolsas americanas seguiram o bonde, fechando no verde! Hoje temos discurso de 4 dirigentes do FED ao longo do dia e a divulgação dos resultados de Mercado Libre e DropBox após o fechamento dos mercados.

Resultados Trimestrais: Vale de Lágrimas

As expectativas eram baixas, mas a Vale conseguiu surpreender - negativamente! A mineradora fechou o 4º tri de 2024 com um prejuízo de $694M, revertendo o lucro de $2,4bi no mesmo período de 2023. O resultado foi pior do que o esperado pelo mercado, com a receita líquida caindo 22% (U$10,1bi) e o Ebitda ajustado recuando 41% (U$3,79bi).

Nas más notícias: a culpa ficou com os ajustes no valor de ativos no Canadá, com destaque para $1.4bi nas operações de níquel de Thompson e $540mi no projeto da Mina de Voisey's.

Nas boas novas: destaque para os avanços operacionais, como a maior produção de minério de ferro desde 2018 e recordes na produção de cobre em Salobo.

Apesar do quarto trimestre complicado, a Vale encerrou o ano de 2024 com números mais sólidos do que o do último trimestre:

• Lucro anual: $6,16bi, queda de 23% em relação a 2023.

• Receita líquida anual: $38,05bi, recuo de 9% ante o ano anterior.

• Ebitda ajustado anual: $14,8b, redução de 20%.

Para acalmar os ânimos dos investidores a Vale baixou a bola:
- Revisou o capex para baixo ($5,9bi).
- Anunciou dividendos de R$2,14 por ação.
- Anunciou JCP (Juros Sobre Capital Próprio) de R$0,52 por ação
- Anunciou um novo programa de recompra de ações, em até 3% das ações em circulação

Apesar dos pesares, a empresa segue otimista para este ano, apostando na execução das metas estratégicas e na recuperação financeira nos próximos trimestres.

A vida de quem acompanha o dólar

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Vanguard: $SPY assume o topo do ranking dos ETFs

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Depois de fazer o maior movimento de cortes da sua história, a Vanguard colhe os frutos ao ver seu carro-chefe, $VOO (Vanguard S&P 500 ETF) chegar ao desejado posto de maior ETF do planeta.

Para chegar ao topo do mundo, a Vanguard precisou desbancar ninguém menos que o $SPY da State Street, que reinou absoluto no ranking dos ETFs desde seu lançamento em 1993 e também o $IVY da BlackRock, que ocupava a segunda posição.

1o Lugar: $VOO com $632 bilhões em ativos
2o Lugar: $SPY com $630 bilhões em ativos
3o Lugar: $IVY com $609 bilhões em ativos

Mais do que um pódio, a dança das cadeiras dos ETFs demonstra uma mudança na preferência dos investidores, que estão dando prioridade a taxas de administração menores. A VOO cobra míseros 0,03% ao ano enquanto a SPY cobra 0,095%

Um outro diferencial da Vanguard é que a gestora é a única nos EUA operando no modelo de “ETF como classe de ações”. Isso permite que investidores de fundos mútuos da Vanguard convertam suas participações diretamente em VOO, o que dá um empurrãozinho no crescimento do ETF sem precisar captar novos recursos de investidores externos.

O domínio do VOO mostra que, no jogo dos ETFs, taxas mais baixas e investidores de longo prazo vencem os traders ativos. A Vanguard continua crescendo e já soma US$ 3,2 trilhões em ETFs. A tendência? O bolo dos ETFs deve crescer e, pelo visto, quem cobrar menos, leva mais!

P.S.1: lista dos 10 maiores ETFs na atualidade
P.S.2: Diferenças no impacto das taxas de administração.

⬆ CPFE3: A CPFL liderou as tímidas subidas do pregão, em +1,72%, fechando em R$34,89 conforme investidores correm para ativos com a fama de bons pagadores de dividendos.

⬆ CXSE3: Caixa Seguridade subiu +1,06%, em R$15,28. A empresa anunciou recentemente o pagamento de quase R$1 bilhão em dividendos aos acionistas.

⬆ USIM5: Usiminas também fechou no positivo, em +0,50%, nos R$6,07. A siderúrgica reagiu a nova recomendação de compra do Itaú BBA, com preço-alvo em R$8,50 e um potencial de 40% do preço de fechamento.

⬇CVCB3: CVC sofreu com a abertura de juros e caiu -9,31% em R$1,85. Mesmo com essa queda, a empresa ainda continua subindo +34% durante este ano

⬇LWSA3: Locaweb foi outra afetada pelos juros e caiu -8,18%, fechando em R$3,13. No ano cai -8,73%. Recentemente a empresa divulgou que abriu um programa de recompra de ações no montante total de 38 milhões de ações.

⬇PCAR3: depois de figurar entre as maiores altas no início da semana, Grupo Pão de Açúcar caiu -7,17%, em R$2,72. A empresa reportou um prejuízo consolidado de $1,1 bilhões no último trimestre do ano passado.

Small Caps estão em maus lençóis

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Uma das formas de classificar as empresas na Bolsa é pelo tamanho do seu valor de mercado. De um lado, temos as Large Caps, as gigantes consolidadas. Do outro, as Small Caps, companhias menores em termos de capitalização. E quando o cenário macroeconômico não está favorável para ninguém, as pequeninas sofrem mais:

• O índice SMLL acumula queda de ~40% desde suas máximas em junho de 2021.

• Apesar da leve recuperação recente (+7% no ano), ainda opera em níveis próximos às mínimas da pandemia

• O múltiplo Preço/Lucro (P/L) médio das Small Caps está em 8,2x, bem abaixo da média histórica de 14,9x.

O atrativo das Small Caps está no potencial de crescimento. Muitas delas são empresas em estágios iniciais de expansão e podem entregar valorização explosiva com o tempo. Mas esse caminho não é linear: volatilidade e riscos elevados fazem parte do pacote.

Essas empresas costumam ficar fora do radar dos grandes fundos institucionais, por conta da baixa liquidez de suas ações. O que pode ser uma vantagem: com menos players no jogo, o investidor pessoa física tem mais chances de encontrar oportunidades e assimetrias nessas empresas.

Outro ponto a considerar é a dependência dessas empresas em relação ao cenário econômico. Com a alta da Selic nos últimos anos, o custo da dívida subiu e atingiu em cheio esse grupo. O impacto: dos 16 setores presentes no Índice Small Caps (SMLL), 13 viram suas despesas com juros aumentarem e 8 apresentaram piora no índice de cobertura da dívida.

Enquanto algumas dessas empresas devem ficar pelo caminho, por terem margens menores que o custo da dívida, a próxima tenbagger (valor se multiplicou 10x) do mercado provavelmente está entre elas.

Para quem quer exposição ao universo das Small Caps sem precisar escolher ações individuais, existe o ETF SMAL11. Aqui estão os detalhes:

• Replica as ações do SMLL

• Taxa de Administração de 0,50% ao ano

• Não tem isenção de IR para vendas abaixo de R$20 mil

• Não paga dividendos, que são automaticamente reinvestidos no próprio fundo

PS1: A Trígono é um dos poucos fundos no Brasil que faz uma pesquisa profunda no universo das smalls caps

• Índia: Citi acha que índice indiano vai performar melhor que o S&P500

• Nova Zelândia: corta taxa de juros pela terceira vez seguida, indo para 3,75%

• Risco: investidores estão com alocação em risco em suas máximas desde 2010.

• Volatilidade Ibovespa : com a saída de fluxo da renda variável, a bolsa registra a sua menor volatilidade nos últimos 27 anos. A volatilidade média de 2024 foi de 12,73%, a menor desde 1997.

• Captação Tesouro: o Tesouro fez uma captação de $2,5 bilhões em bonds de 10 anos, com taxa de 6,75%. No ano, tesouro + empresas já captaram $6 bi no exterior.

• Inflação Reino Unido: subiu para 3% na base anual, acima das expectativas de 2,8%

RIP: moedas de 1 centavo (Penny)

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Trump resolveu atacar um problema que pode pesar pouco no bolso mas pesa muito no orçamento: as famosas moedas de 0,01 centavo de dólar. O presidente quer encerrar a produção do penny.

Motivo? Reduzir desperdícios e economizar dinheiro público, já que fabricar uma única moeda chega a custar até três vezes mais do que o seu valor nominal. Só em 2024, o governo americano:
→ Cunhou 13 bilhões de pennies (quantidade de moedas);
→ Equivalente a $130 milhões de dólares (valor de face);
→ Mas que custaram $390 milhões de dólares (custo de produção)!

Para piorar ainda mais, estima-se que apenas 1/3 dessas moedas realmente estejam em circulação. O restante? Perdido em porquinhos, no fundo de bolsos esquecidos ou nos desejos dos turistas que visitam a Fontana di Trevi.

A decisão não é só financeira. As moedas de um centavo são feitas de zinco e cobre, metais que podem ser mais úteis em setores estratégicos, como infraestrutura e defesa. Outros países já decidiram acabar com o penny:

• Brasil: a casa da moeda não produz a moeda de R$0,01 desde 2005.

• Canadá: o penny canadense foi eliminado em 2013

• Austrália: moedas de 1 e 2 centavos sumiram em 1992

• Nova Zelândia: parou de cunhar em 1990

• África do Sul: parou em 2002

• Finlândia, Holanda, Bélgica: cortaram suas pennies antes mesmo de entrar na zona do euro.

O corte da produção do penny pode ser apenas a pontinha do iceberg na busca por desperdícios do governo Trump, que tem no DOGE (Departamento de Eficiência Governamental) sua principal arma para otimizar os gastos do governo e eliminar custos desnecessários.

P.S.1: a moeda continua em circulação normalmente, só não será mais produzida.
P.S.2: As moedas de 0,01 centavo de real podem ser compradas a partir de R$17

• Meta: encerra a sequência de 20 dias seguidos de alta

• Banco do Brasil: anuncia dividendos de R$2 bilhões e R$780 milhões de Juros sobre capital próprio.

• Banco BMG: divulga lucro líquido de R$441 milhões, com alta de 115% em relação a 2023

• XP: Reporta captação líquida de R$25 bi no trimestre e lucro líquido de R$4,5 bi no ano.

• Intel: subiu 16,06% após uma reportagem do WSJ informar que a Broadcom e a TSMC estão considerando dividir o ícone tecnológico americano em duas.

• Weg: BTG acredita que políticas de Trump irão demandar transformadores da Weg

• Itaú: inicia conversas para a emissão de bonds em dólar

• Alibaba: reporta resultados melhores que o esperado. Ação sobe +7% no pré-market nessa manhã

• Banco BV: reporta lucro recorde de R$1,8 bilhões em 2024.

• Cosan: depois de stopar em Vale, XP corta o preço-alvo da empresa, mas ainda recomenda compra.

• Assaí: registra lucro de R$430 milhões no 4º tri, avanço anual de 45%.

• Lenovo: atinge lucro de $693 milhões, chegando numa receita de $18,80 anual

Stats do dia

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