💰 Selic: mais juros no chopp do brasileiro

No drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

• Mercado Livre: resultados do 3 trimestre 2024

• Trump: o melhor dia do mercado em 2 anos.

• Selic: mais juros no chopp do brasileiro

• Dólar: próximo das máximas

• ETFs: o primeiro trilhão a gente nunca esquece

Resultados Mercado Livre: 3º Tri de 2024

MercadoLibre (MELI) viveu um trimestre de contrastes: receita em alta e avanços no mercado de fintech, mas lucro abaixo do esperado. Grandes investimentos em logística e crédito pressionaram as margens, mas preparam caminho para um futuro promissor.

Aprofundamento:

• Receita cresceu 35% YoY, totalizando US$ 5,31 bilhões.

• Lucro ajustado por ação foi de US$ 7,83, abaixo dos US$ 10 esperados, levando a queda de 12% nas ações.

• Investimentos em logística e crescimento do portfólio de crédito (aumentou 77% YoY para US$ 6 bilhões) afetaram os lucros.

• Margem operacional caiu de 18,2% para 10,8%.

• Mercado Pago cresceu 35% em usuários ativos, atingindo 56 milhões.

• Volume total de pagamentos cresceu 34%, alcançando US$ 50,7 bilhões.

• Brasil, México e Argentina são os principais mercados.

  • GMV no Brasil cresceu 34%.

  • México teve destaque no crescimento de crédito.

  • Argentina mostra sinais de recuperação do consumo.

Apesar do lucro não ter atingido o esperado, a MercadoLibre está plantando bases para um crescimento sustentável. A expansão logística encurta distâncias e acelera entregas, enquanto crescimento do portfólio de crédito consolida a liderança nos serviços financeiros. Para investidores pacientes, essa estratégia promete retornos significativos no longo prazo.

O que as casas de investimentos recomendam: COMPRA

Com uma média de preço-alvo de R$ 2.369,11 e o preço atual em R$ 2.117,30, há um potencial de valorização de aproximadamente 11,89% para as ações no curto prazo.

Trump: chegou chegando nos mercados

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Os americanos viraram a noite contando cédulas de votação e de dólares para na manhã de quarta-feira confirmar: a onda Republicana realmente aconteceu e Donald Trump retornará à Casa Branca. Ao seu lado, o Senado e provavelmente também a Câmara. O que significa um caminho com menos percalços para implementar seu plano de governo, que pode acontecer mais ou menos assim:

1. Trump pretende aumentar taxas de importações de alguns setores, principalmente com a Europa e a China e fechar as fronteiras para imigrantes.

2. O resultado tende a ser um aumento na inflação americana. Caso isso aconteça, o Banco Central precisará elevar as taxas de juros.

3. As taxas mais altas causam uma valorização no dólar, já que "o ativo mais seguro do mundo" atrai mais investimentos.

Além disso, Trump também planeja cortar impostos corporativos e apoiar a indústria cripto. O que pelas lentes econômicas, pode ser visto como uma deterioração fiscal. De imediato, o mercado abriu champagne e celebrou registrando $1.28 trilhões adicionados ao mercado, o melhor dia dos últimos 2 anos:

• Tesouro Americano: as treasuries de 10 anos chegaram a subir 5%

• Bitcoin: bateu máxima história ultrapassando os US$75k (+80% YTD)

• Dólar: se fortalecendo no mundo, com DXY chegando a subir 2%.

• SP&P 500: fechou em alta de 2,53%

• DJI: fechou em alta de 3,57%

• Nasdaq: fechou em alta de 2,95%

• Commodities: em quedas

Trump só assumirá o poder dia 20 de Janeiro do ano que vem. Até lá, para além da ressaca dos dias seguintes, é importante lembrar que, historicamente, mercado acionário americano não se importa com qual partido venceu.

PS1: Quer saber como a eleição americana investiu +$15bi em ads? Aqui.

Selic: mais juros no chopp dos brasileiros

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Para surpresa de ninguém, o Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central se reuniu ontem para votar de forma unânime pelo aumento de 0,50% na taxa básica de juros, conforme esperado pelo mercado. No comunicado oficial, o comitê diz:

Passando a caneta descomplicadora no ecônomes, isso significa que:

• O quadro fiscal do Brasil vem piorando desde Junho;

• Com isso, o risco Brasil aumentou.

• Causando um enfraquecimento da moeda e elevação nas taxas;

• Assim as projeções da inflação aumentaram:

  • Boletim Focus projetou IPCA 2024 em 4,59% (acima do limite de 4,50%)

  • IPCA de 2026 subiu para 3,60% (acima da meta de 3%)

O comitê decidiu não sinalizar qual será a taxa da próxima reunião, mas é possível que tenhamos um aumento de 0,50%. A curva de juros futura, hoje, precifica uma Selic terminal deste ciclo em 13,25%. Porém, se as expectativas não mudarem e com base nas projeções do último boletim Focus, a Selic terminal seria próxima a 14,5% para ancorar novamente a inflação dentro da meta, uma vez que a matemática diz que a cada ponto percentual aumentado na taxa de juros, o impacto na inflação futura é de aproximadamente 0,3%.

Revisões: J.P. Morgan elevou a estimativa da Selic de 12% para 13%, e Barclays alterou sua previsão de 12% para 12,75%. A XP também elevou a projeção de 12% para 13,25%.

Dólar: próximo das suas máximas

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Se você entrou em pânico ao buscar pela cotação do dólar ontem no Google e dar de cara com R$6,19, calma. Devido a uma falha no sistema, o buscador mostrou o dólar turismo ao invés do comercial. Mas, mesmo com o dólar mais forte no mundo, a nossa cotação fechou em queda de -1,26%, em R$5,6742, na expectativa da reunião do COPOM e do pacote fiscal.

O que rolou? Nos últimos meses os brasileiros observaram uma desancoragem da moeda Real, com a 6ª pior performance entre as moedas globais. Apesar de todos os dedos apontarem para o tio Sam, um estudo da gestora WHG, pré-eleições, mostrou que os motivos da subida foram:

• 60% problemas domésticos (aka fiscal);

• 40% fortalecimento do dólar;

O que vai rolar? O aumento do diferencial de taxas entre EUA e BR pode ajudar no fortalecimento do Real. Por aqui o COPOM anunciou um aumento na Selic em 0,50% e lá fora temos a reunião do FOMC amanhã, que deve cortar 0,25%, aumentando as diferenças das duas taxas em 0,75%. Quanto maior a diferença entre as taxas de juros daqui e de outros países, mais atrativo fica para investidores trazerem dinheiro para o Brasil, o que ajuda a fortalecer o real. Soma-se isso a uma promessa de organização fiscal e corte de gastos do governo e o Real pode respirar.

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ETFs: o primeiro trilhão a gente nunca esquece

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Desde os anos 70, quando o vencedor do prêmio Nobel de economia Paul Samuelson publicou o artigo Challenge to Judgment, a discussão entre gestão de portfólio ativa vs passiva se tornou o assunto favorito nos happy hours de faria lima à wall street.

→ Gestão Ativa: o assessor/gestor toma decisões constantes de compra e venda de ativos, com alto volume de negociações, buscando superar o desempenho do mercado analisando tendências econômicas.

→ Gestão Passiva: o assessor busca acompanhar o mercado ao invés de superá-lo. Isso geralmente significa investir em fundos ou ETFs que replicam um índice, como o Ibovespa, sem muitas mudanças ao longo do tempo.

Cinco décadas se passaram desde o início da discussão e, 31 anos depois do nascimento do primeiro ETF (o SPDR S&P 500) a situação é a seguinte:

• Desde 2009, os ETFs acumulam crescimento médio de 20% ao ano.

• Em 2023, pela primeira vez, a gestão passiva superou a gestão ativa.

• Hoje são US$14 trilhões no mercado de ETFs global.

• Os Estados Unidos são responsáveis por US$10 trilhões

Entre os motivos do sucesso; custos menores, transparência na estrutura, facilidade para acessar outros mercados. Mas, o que era para ser um mercado passivo (replicando outros índices ou sistema) agora está com uma tendência de ativo, com Hedge Funds migrando suas estruturas para esse veículo - que tem mais eficiência e escalabilidade. Estima-se que 1 trilhão de dólares já estejam nesses veículos ativos.

E o Brasil?

Ainda está engatinhando se comparado aos nossos vizinhos do norte. Dos R$9 trilhões alocados para os fundos de investimento, meros R$44 bilhões estão em ETFs, representando 0,5% do total e 0,34% do mercado mundial.
Apesar disso, novos ETFs estão sendo lançados todos os meses no mercado brasileiro e esta tendência deve aumentar nos próximos anos, trazendo consigo parte do capital alocado em outros veículos.

Quem mais subiu, quem mais desceu

Macro

• BoE: corta juros em 25pb, indo para 4,75%.

• Vinci Partners: Compra gestora de R$1,5bi focada em florestas.

• Earnings S&P: 70% do índice já reportou resultados e 75% delas reportou um LPA acima das estimativas.

• China: PMIs mostram um avanço após as políticas implementadas.

• FOMC: hoje temos reunião e esperamos uma queda de 0,25%.

• Crédito Privado: redução dos spreads chegam ao limite

• Fundo filantrópico: PL que isenta ganho avança no Senado

Ações

• Totvs: contrata Itaú BBA para avaliar compra da Linx

• Pague Menos: entrega lucro e rentabilidade recordes

• Allos: levanta ~R$400mi em três vendas parciais de shoppings.

• Eletromídia: Globo compra controle da empresa pagando R$ 29/ação.

• The New York Times: cresce menos que o esperado e ação cai 8%

• Boeing: encerra a greve de 7 semanas e bilhões em prejuízo.

• Palantir: sobe 24% depois de forte balanço apresentado. No ano a performance dela é maior que o da Nvidia

• Banco da Amazônia: reporta lucro de R$ 319,4 milhões no 3º trimestre, com queda anual de 4,2%

• Banco Daycoval: Lucro sobre 60% em relação ao mesmo período do ano passado