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💰 Trumparifas: chegou a vez do Aço e Alumínio

+ Os resultados do McDonald's + O preço-alvo Brasil em 2025

Bom dia Droppers,

Pensei no chuveiro: as análises de preço-alvo são como notas escolares: quando tudo vai bem, ninguém liga; quando vai mal, todo mundo quer saber o porquê.

No drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

  • McDonald’s: resultados do T4 de 2024

  • Trumparifas: chegou a vez do Aço e Alumínio

  • Momento FIIs: hgru, xplg, alzr11, btra

  • Brasil em 2025: revisando preços-alvo

Por aqui, ontem o Ibovespa recuperou uma parte das perdas realizadas na sexta com o mercado fazendo as contas sobre as novas tarifas americanas sobre o aço e alumínio. Enquanto essas incertezas pairam pelo ar, agora pela manhã tivemos a divulgação do IPCA de janeiro, que subiu 0,16%, dentro do consenso. O ministro da economia se encontra hoje com o presidente do senado e com Lula. Amanhã temos balanço da TOTVS

Lá fora, praticamente 65% das americanas já reportaram resultados e a temporada foi mais forte do que a esperada, com 77% delas reportando Lucro por ação acima das expectativas. O presidente do FED, Jerome Powell, fará seu depoimento semestral para o senado americano. Hoje ainda temos os resultados de Coca-Cola , DoorDash, Lyft e Shopify, e amanhã Cisco, Reddit, KraftHeinz, e Robinhood. Amanhã teremos a divulgação do CPI, a inflação do consumidor americano e na quinta o PPI, a inflação do produtor.

Earnings Mcdonald’s T4 2024

Depois de um final de ano intenso, o McDonald's mostrou que não é um surto de E. coli que vai abalar as estruturas douradas da rede de fast food. As vendas globais voltaram a crescer, superaram as expectativas e fizeram com que as ações subissem 4,7% depois do anúncio de resultados trimestrais de ontem.

A estratégia daqui pra frente é de crescer e expandir, incluindo o plano de abrir 2.200 lojas no ano (o equivalente a 6 novas lojas por dia), sendo que metade será na China, além do foco no Japão e Oriente Médio.

Números que chamam atenção:

  • Vendas globais: +0,4% no Q4 2024, superando previsões de queda de 1%.

  • Vendas nos EUA: -1,4% (analistas esperavam -0,6%).

  • Lucro por ação no Q4: US$ 2,83, estável em comparação ao ano passado.

  • Investimentos previstos: até US$ 3,2 bi em 2025.

  • Projeção de lucro para 2025: US$ 12,43 por ação, crescimento de 6%.

Com novas promoções, itens fresquinhos no menu e uma expansão agressiva, o McDonald’s mostra que não está marcando bobeira no drive-thru. Agora só falta descobrir se o americano vai voltar a amar muito tudo isso.

O que as casas de investimentos recomendam:

Analistas indicaram 6 recomendações de "Strong Buy" e 17 de "Buy" para as ações do McDonald’s, com preço-alvo médio de US$ 320,75 (atual: US$ 308,44). A projeção varia entre US$ 280,00 e US$ 360,00, refletindo otimismo moderado.

  • IPCA: de janeiro subiu 0,16%, dentro das estimativas. Foi o menor IPCA para o mês de janeiro desde a implementação do Plano Real, em 1994. O IPCA acumula alta de 4,56% nos últimos 12 meses. As maiores variações positivas foram Transportes com 1,30% e Alimentos, com 0,96%.

  • Bill Gates: vai completar 70 anos de vida e 50 anos de Microsoft com o lançamento da sua autobiografia em 3 volumes. O primeiro, acaba de chegar no Brasil com o título Código-fonte: Como tudo começou.

  • Payroll: EUA criaram 143k novas vagas de emprego, abaixo das 170k esperadas. Além disso, tivemos revisões altistas para os dados de novembro e dezembro: 256 mil para 307 mil em dez; de 212 mil a 261 mil em nov. Taxa de desemprego ficou em 4%, onde o consenso era 4,1%; e Salários subiu 0,48%, acima dos 0,3% previstos e fechando a base anual em +4,06%.

Trumparifas: chegou a vez do Brasil

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Meros vinte e um dias depois de assumir o seu segundo mandato como Presida dos EUA, Trump já assinou 53 ordens executivas, impôs uma tarifa de 10% sobre os produtos chineses, 25% sobre o Canadá, 25% sobre o México e, agora, uma que impacta diretamente as commodities brasileiras: 25% nas importações de Aço e Alumínio - além de também banir os canudos de papel e voltar ao plástico.

O Brasil se encontra no epicentro da tempestade tarifária: somos o terceiro maior fornecedor de aço para os EUA no ano passado, com 3,6 milhões de toneladas, ficando atrás apenas do Canadá e México.

  • 48% da exportação de aço brasileiro tem os EUA como destino

    Brasil é o terceiro maior exportador de aço para os EUA

  • 16% da exportação do alumínio brasileiro tem os EUA como destino

    Brasil é o décimo quinto maior exportação de alumínio para os EUA

  • $6,5 bilhões seriam impactados com a nova tarifa

Como isso impacta as empresas brasileiras listadas?

As empresas brasileiras de siderurgia e metalurgia vão precisar recalcular rota. Veja quem pode sofrer (ou escapar) do impacto:

  • CSN: a Companhia Siderúrgica Nacional exporta 7% do seu volume para os EUA, o que a coloca em um risco moderado. Mas com a sobrecarga de aço redirecionado para outros mercados, pode enfrentar maior concorrência e pressão nos preços. O papel subiu +1,45%.

  • Usiminas: exporta -1% do volume total para os EUA e 95% fica no mercado interno, logo, não será afetada diretamente, apenas indiretamente. O papel subiu +2,14%

  • CBA: A Companhia Brasileira de Alumínio exporta 8% da produção de alumínio, mas apenas 3% do faturamento total tem destino americano. A empresa caiu -1,09% no pregão de ontem.

  • Gerdau: será menos impactada, já que 33% da sua produção de aço nos EUA é feita localmente. Como parte da produção não se enquadra como importação, a empresa tem um escudo natural contra as tarifas. Reflexo disso: as ações reagiram e subiram 5%.

  • ArcelorMittal: não está listada na B3, mas tem uma planta em Vitória (ES) e comprou a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) e será afetada.

Com essas novas tarifas, e com a remoção das isenções que permitia a importação isenta de impostos, uma parte do aço e alumínio que ia para os EUA terá que buscar novos mercados, resultando em maior concorrência e maiores preços internos.

A novela das tarifas de Trump já teve outros capítulos no passado, e o Brasil até conseguiu negociar isenções antes. Será que dessa vez Brasília consegue acalmar Trump?

PS1: O que ocorreu quando Trump impôs as tarifas sobre o aço em 2018

COGN3: Cogna Educação subiu +5,92%, em R$1,61, depois de Santander elevar o papel de neutro para compra, com preço-alvo em R$2,00. Para o banco, a empresa está com um crescimento mais sustentável, melhores margens e desalavancada.

GGBR4: Gerdau teve alta de 5,21%, em R$17,57, após a imposição das tarifas no alumínio e no aço. É a empresa do setor, listada em bolsa, que mais pode se beneficiar do fato de que parte da produção já é realizada em solo americano.

GOAU4: A Metalúrgica Gerdau, que é a holding que controla as operações da Siderúrgica Gerdau, também foi beneficiada e subiu 4,81%, em R$9,80.

AZUL4: A companhia área recuou -3,17%, fechando em R$3,66, com o aumento do petróleo, que subiu com a possibilidade de uma escalada no conflito na Faixa de Gaza.

EMBR3: Embraer caiu -2,13%, em R$60,97. É o terceiro dia de correção seguido, depois da alta de +15% após a divulgação do contrato de vendas de $7 bi para a FlexJet

BPAC11: BTG Pactual corrigiu -1,77%, em R$31,55 após divulgação do balanço. Nem o lucro recorde, de R$3,3 bi foi suficiente para conter a queda do papel, que pode ter sido motivada pela queda do ROE da operação.

Revisando preços-alvo: o Brasil em 2025.

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Com a temporada de balanços começando aqui no Brasil, muitas casas já fizeram reajustes de preços-alvo para suas carteiras. Com a piora da economia no segundo semestre do ano passado, muitas empresas devem começar a sentir os impactos. Entre os motivos:

  • Inflação: nem todos os setores e empresas conseguem repassar integralmente a inflação dos seus custos, com isso suas margens financeiras ficam menores, piorando o seu resultado final.

  • Aumento dos juros: uma boa parte das dívidas está atrelada ao CDI. Com o aumento da Selic —que no ano passado terminou em 12,25%, acima dos 9% esperados no início do ano— os juros sobre as dívidas aumentam, os custos financeiros pioram e as margens diminuem.

A equipe do Valor analisou 202 ajustes de preços-alvos em janeiro de 2025 e:

Quem sai perdendo:

  • 173 foram de redução de preço-alvo (85,6% do total)

  • Varejo, Saúde e Combustível foram os setores mais afetados por estarem diretamente ligados à economia doméstica.

Quem sai ganhando:

  • 29 tiveram aumento ou mantiveram o preço-alvo (14,4% do total

  • Papel e Celulose surfou a expectativa de um dólar mais alto, que melhora a rentabilidade das exportações

Em comparação com o mesmo período do ano passado, quando 61,2% das revisões foram de alta, a realidade é diferente e o momento exige mais cautela, com investidores cada vez mais seletivos.

  • Fundos: sofrem mais resgates que captação em janeiro, ficando com captação líquida negativa em $16,9 milhões

  • Juros Cartão: depois de um ano do teto de juros, teve pouco impacto efetivo nas taxas cobradas

  • Petróleo: teve forte alta, com o WTI subindo 1,82%, mas ainda permanece nas mínimas do ano

  • Ouro: renova máximas históricas diante das incertezas geopolíticas

Momento FIIs

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Depois de fechar 2024 como um dos piores anos para o setor, o IFIX abre o ano seguindo pelo mesmo caminho: caiu 3%, sendo o quinto mês consecutivo de quedas. Os motivos: a alta das taxas de juros e o veto do governo em relação a isenção dos tributos dos fundos.

No setor, alguns analistas estão otimistas e outros nem tanto. Para Felipe Sousa, analista de Fiis da Eleven, esse ano tende a ser melhor que 2024, pois no ano passado tivemos a mudança da trajetória das taxas de juros brasileiras e isso mudou bastante a alocação e a atratividade do setor. Enquanto se esperava uma Selic em 9%, terminamos o ano em 12,25% e agora já estamos com essa subida precificada. Ele comenta que: “o mercado ainda deve dar alguma balançada, mas a volatilidade mais intensa ficou para trás, o pior já passou”. Já para o Flávio Pires, analista do Santander, a posição é mais cautelosa: “Estamos num poço com luz fraca, então ainda não está muito claro se a classe já chegou de fato ao fundo”.

Algumas movimentações:

  • HGRU11: concluiu a venda do imóvel de Porto Velho, em Rondônia. O valor total da transação foi de R$21,5 mi (R$2732,63 por m²), e o custo total da aquisição, no ano passado, foi de R$17,9 mi (R$ 2.285,57/m²). O preço de venda ficou 19,5% superior ao valor investido, trazendo um lucro caixa de R$ 3,51 mi (~R$ 0,15/cota).

  • XPLG11: anunciou a venda da sua participação no condomínio logístico CONE Multimodal, em Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco. A operação foi fechada por R$313,35 mi(R$ 2.840/m²) e resultou em um ganho de R$120 mi para o fundo, equivalente a R$3,87 por cota. Com isso a representatividade de PE no portfólio cai de 18,7% para 9,8%, enquanto São Paulo sobe de 44,3% para 49,2%

  • ALZR11: anunciou a aquisição de duas lojas do Assaí Atacadista, uma no Rio de Janeiro e outra no Guarujá, no valor total de R$212,59 mi. A loja do Rio possui 12,13 m² construídos, em uma área de 31,94 m² e a do Guarujá possui 17,55m² em uma área de 63,17m².

  • BTRA11: anunciou a venda de um terço da Fazenda Cachoeirinha, localizada em Campo Novo do Parecis/MT,. O valor total foi de R$16 mi, sendo R$13 mi à vista e o restante quitado em maio, com correção de CDI +5% ao ano. A transação adiciona R$0,03 por cota.

PS1: As vacâncias nas Lajes Comerciais e Galpões Logísticos melhoraram de 2024 para 2023.

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  • Bradesco: lucro cresce 88% no comparativo anual, mas lucro por ação fica abaixo das expectativas.

  • Uber: disparou 6,59% com a notícia de que o investidor ativista Bill Ackman vem, discretamente, construindo uma posição de $2 bilhões na empresa.

  • Nikola: a montadora de carros elétricos, despencou 41,12% após relatos de ela poder estar perto da falência.

  • Expedia: viu suas ações subirem 17,27% depois da divulgação do balanço, que entregou um resultado acima do esperado e volta dos dividendos.

  • Ambipar: reabre emissões de bonds e capta R$93 milhões.

  • Eli Lilly: superou as estimativas de lucros do 4T’24, mas teve vendas abaixo do esperado para seus medicamentos.

  • Eneva: Safra muda posição para neutra e reduz preço-alvo de R$15,80 para R$13,90

  • BTG Pactual: entrega receitas e lucro recorde. O ROE ficou em 23,1%

  • Amazon: superou as estimativas de lucros do 4T’24. mas guidance de crescimento de receita foi mais fraco.

  • Bombril: entra com pedido de recuperação judicial, com dívidas em R$332,8 mi

  • Tesla: teve a sua pior semana desde a eleição, com relatórios destacando vendas menores ao redor do mundo.

  • Cloudflare: subiu 17,76% depois de divulgar um número recorde de clientes pagantes, o que impulsionou os lucros acima das expectativas

  • Ralph Lauren: as ações subiram 9,69%, depois dos resultados corporativos e alcançaram a sua all time-high.

Stats do dia

Fevereiro é o pior mês pós-eleições para o S&P, com uma média de -1,3% no mês. O melhor mês é julho, que em anos após eleições sobe na média 2,2%.

Via Igor Chede Collaço

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